(Proponho antes, as leituras de: Tiago 3. 1-12 e Apocalipse 10. 8-11)
O apóstolo Tiago nos ensina como devemos agir e viver. Em sua pequena epístola encontramos importantes orientações em ralação a assuntos práticos da vida cristã. O autor fala de pobreza, riqueza, tentação, preconceito; sobre a maneira de viver, de falar, de agir e de criticar; fala do orgulho, da humildade, da paciência, da oração e da fé. Ele põe acima de tudo a necessidade de não somente crer como também agir.
Neste texto, quero chamar a atenção a um pequeno órgão do nosso corpo, que muitas vezes, torna-se pesada e difícil de ser controlada, e não restam dúvidas: é a língua!
É difícil dominar a língua! Trazendo, com isso, grandes e graves problemas nos diversos relacionamentos com os irmãos e irmãs na comunidade e na sociedade, e muitas vezes, até dentro da própria família. Muitas palavras são transmitidas, que podem machucar e ofender o nosso próximo. Quem nunca ouviu palavras como: insuportável, sonso, burro, incompetente, idiota, injusto, imoral, mentiroso, explorador, ingrato, competitivo, preguiçoso, enfim. A língua é como um fogo. Você se sente bem ao ouvir essas palavras? E será que o seu próximo se sente bem, ao ouvir essas palavras de você? Provavelmente, não! E isso, pode acabar com o dia de cada um de nós. Assim, portanto, não fale mal de nada e muito menos de ninguém, muito menos atrás de suas costas. Fale bem de tudo e de todos (inclusive os seus inimigos), mesmo quando devesse depreciá-los. Pratique sempre o bem e afaste-se do mal.
Interessante são as comparações feitas pelo Apóstolo Tiago: o homem e a mulher são capazes de dominar um cavalo com toda a sua força, ou seja, apenas introduzindo a embocadura na boca sobre a língua (parte que vai dentro da boca do cavalo) que é um “freio”. À medida que é puxada, o cavalo é conduzido ao lado desejado. Fala ainda, de um grande navio que pode ser guiado por um pequeno leme fazendo manobras mais difíceis que forem necessárias, independente do seu tamanho. E por que nós não conseguimos controlar a nossa língua? Será que é tão difícil?
A mensagem que João vai anunciar em Apocalipse, é uma mistura de doce com o azedo, ou seja, ele terá boas notícias e más notícias. E chama a atenção para meditarmos na Palavra do Senhor, precisamos mastiga-la e mastiga-la, para que a nossa boca fique doce como o mel. Mas, se a engolirmos e ficar azedo em nosso estômago, recomenda: “você precisa anunciar outra vez a mensagem de Deus a respeito de muitas nações, raças, línguas e reis.” (v.11).
Anunciar a palavra de Deus é boa e agradável ao nosso coração, ela é doce como o mel, por isso, fiquemos atentos ao nosso ouvir, falar, ver, agir, praticar, meditar, comungar e dialogar. Devemos expressar nosso compromisso como pessoas batizadas e nos colocar aos cuidados de Deus para sermos instrumentos a serviço do evangelho. Deus nos chama para assumir o controle sobre as nossas vontades, que são a fonte de todas as nossas ações. Não é mesmo?
Fica o convite de João e do Apóstolo Tiago, para meditarmos na palavra do Senhor, e que a nossa boca e língua fique no abalo do doce, em tudo o que é puro e verdadeiro. E agradecer a Deus em oração por esse instrumento da comunicação e para a edificação de seu Reino entre todos e todas nós. E assim, assumir a responsabilidade e compromisso de transmitir essas importantes e significativas palavras:
Convívio / Repartir / Comunidade / Orar / Louvar / Consolar / Honrar / Servir / Amparar / Glorificar / Ajudar / Perdão / Comunhão / Reconciliação / Benção / União / Gratidão / Paz / Proteção / Harmonia / Amizade / Fé / Alegria / Abraço / Cuidado / Executar / Libertar / Boas Novas / Meditar / Ensinar.
Que as Palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração, sejam agradáveis na tua presença... Ó, Senhor...