Foi na área rural do município de São Lourenço do Sul, junto à RS 265, no âmbito da Paróquia Evangélica de Boa Vista no Sínodo Sul-Rio-Grandense (IECLB), que a OASE da Comunidade Evangélica de Quevedos I acolheu em 13 de junho participantes dos nove grupos de OASE para o Dia Paroquial da OASE 2019. O encontro reuniu, como vem ocorrendo anualmente na 2ª. semana de junho, noventa e seis participantes. Na chegada a OASE local serviu um gostoso café.
O início da programação foi com a saudação e a poesia das coordenadoras paroquiais Josiane H. Herrmann e Darli Radtke, seguida da meditação, canto e oração pelos pastores locais Reneu Prediger e Dietmar Teske. Coube ao palestrante convidado, P. Leonídio Gaede (Zeca) a palestra sobre o tema: “Construindo pontes: na família, na comunidade e na sociedade”. O pastor começou lembrando-nos do tripé da OASE (comunhão, testemunho e serviço). Assim como Jesus, o grupo da OASE existe para servir. Só conseguimos servir, quando vencemos as cercas que construímos dentro de nós mesmos. Existe uma tendência natural de sermos pessoas más. E isto se vence com oração, celebração e fé em Deus, a fim de que o mal seja combatido na nossa vida. Participamos da OASE, não para buscar algo, porque isso o mercado fornece. O que nos satisfaz é a bênção de Deus. Participamos da comunidade para ajudar. O Espírito Santo veio e envia os discípulos para agir, testemunhar. O mundo precisa da ponte do amor e que nós precisamos vivenciar e testemunhar. E para viver assim, é preciso consertar o que está quebrado em nós mesmos, a fim de não guardarmos mágoas e amarguras. ´
Amor e política estão sendo mal entendidos. O amor está desgastado e a política deturpada. A política faz parte da vida, e é com ela que resolvemos os problemas. Como fazemos? Conversando, negociando ou agindo com violência? A Igreja existe para ajudar a resolver os problemas com diálogo. Nela ajudamos e somos ajudados. E somos santos, pois Deus nos santifica. (Neste momento aconteceu uma dinâmica proposta pelo palestrante, onde todas foram convidadas a participar, a dinâmica das mãos: conduzir e ser conduzida). Conduzir e ser conduzido! Facilitar a vida ou sacanear? Nisso podemos ser ponte ou sacanear? A sociedade necessita da ponte da bondade e da gentileza! No lar, é preciso construir pontes de amor, compreensão e acolhida.
Na igreja, reúnem-se pessoas que gostam de Jesus, sua palavra, seu jeito de ser e suas ações. São pessoas que sentem saudade de Jesus. Não se deve deixar de ir à igreja, porque não se gosta de alguém, mas com o objetivo de buscar equilíbrio. Precisamos de pontes que acolham bem as pessoas. É preciso lembrar-se dos processos da fala e dos ouvidos que escutam. Cada palavra que sai de minha boca mostra quem eu sou, o que penso do outro, o meu apelo, o que falo e o que o outro entende. Muitas brigas existem por mal-entendidos. Mas Deus criou a palavra para nos comunicarmos.
A modernidade nos trouxe novas ferramentas. O perigo é confundir o mundo real e o virtual. É preciso saber que as pessoas são carentes de elogios. Ao criticar se está brigando, construindo cercas. É preciso usar as ferramentas para se comunicar de modo correto, para construir pontes.
Na Igreja, somos animados a viver o amor e o acolhimento daquele pai da parábola do filho pródigo. Não podemos perder as oportunidades, nem ter o coração duro que não permite ajudar o outro. Também precisamos evitar julgamentos. Deus, às vezes, nos envia mensagens, onde não se espera. Mencionando a morte do próprio filho em acidente automobilístico e o que significou tudo isso na sua vida e de sua família, o pastor Leonídio deu um testemunho de vida. Deus permite que certas coisas aconteçam na nossa vida para ajudar outras pessoas que passam pelas mesmas experiências de vida.
Na sociedade, podemos nos importar com as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, ajudando para subir, ou podemos simplesmente ignorar tudo. No dia, porém, em que passarmos por um mendigo e não sentirmos nada, então nós estamos de mal com Jesus. Precisamos aprender a somar e não dividir forças. Aceitar diferenças e contribuir para a paz. E o planejamento é uma ferramenta importante para isso. Como ilustração, o palestrante usou as imagens dos ovos, da lagarta, do casulo e da borboleta. São processos. Onde estamos nesse processo? Deus nos fortalece. A comunidade precisa achar o ponto certo. Deus está abençoando. Chega de inveja. O rumo é construir pontes.
Em seguida o pastor Leonídio Gaede (Zeca), recebeu os agradecimentos dos grupos de OASE da Paróquia Evangélica de Boa Vista, recebendo um cesto contendo produtos da feira ecológica e industrializados no município de São Lourenço do Sul.
Após um saboroso almoço, o Dia Paroquial da OASE reiniciou as atividades da tarde com a coordenadoras paroquiais da OASE, Josiane e Darli, homenageando os pastores Reneu, Zeca e Dietmar, pelo dia do/da ministro/a, ocorrido em 10 de junho. Na sequência todos os grupos apresentaram jograis, cantos e teatros, oportunidade para reflexão e muitas risadas. A orientadora do grupo de dança sênior, grupo Promenade, Clair Franz Teske convidou a todas para danças sentadas e seguidas de movimentos.
O Dia Paroquial da OASE encerrou com a entrega da lembrancinha a todas as participantes: canetas de diferentes cores. Cada participante recebeu a tarefa de escrever em corações também de diferentes cores uma palavra que gostaria de transmitir como mensagem a partir do que ouviu e vivenciou naquele dia, apenas uma palavra que construa uma ponte e não uma cerca. O encontro encerrou com oração do Pai Nosso, bênção e envio. Antes de retornar aos seus lares, as participantes foram convidadas para um café de confraternização.
Divulgação: pastores Reneu Prediger e Dietmar Teske