Dia da Árvore

01/09/2009

Certa vez, uma família sofreu um naufrágio e conseguiu se refugiar numa ilha deserta. Não havia esperança de se safar da mesma. Decidiram então explorar a ilha para conhecer os seus recursos. Descobriram uma casa atrás de uma colina. Era uma casa enorme, com muitas janelas e quartos. A grande surpresa estava escondida no porão da casa: Incontáveis estantes sobrecarregadas de alimentos. Alguém havia feito provisão para muito tempo. A família havia tirado a sorte grande e decidiu morar naquela casa.

Devido à irresponsabilidade daquelas pessoas em relação às provisões, gradativamente começaram a acontecer mudanças, especialmente no porão da casa. Escolhiam somente os melhores alimentos. As sobras e o que não lhes era gostoso, jogavam fora. O lixo foi acumulando. Quando o vento soprava mais forte, dava para sentir o cheiro ruim daquilo que fora refugado.

A família procedeu assim até no dia que os filhos voltaram do porão com uma notícia alarmante: os alimentos estavam acabando! Os pais não se preocuparam com isso, pois seu prato ainda estava cheio das melhores comidas. E continuaram a exigir que os filhos trouxessem os melhores alimentos do porão. Alarmados, os filhos compreenderam que não seria possível continuar o desperdício. Embora tardiamente, começaram a se preocupar com o futuro.

Muita coisa nesta história nos parece familiar. Se substituirmos a ilha pela nossa terra/nosso mundo? Se substituirmos as provisões no porão pelas matérias primas da terra: florestas, petróleo, gás, água, metais... Também estes recursos naturais não duram para sempre. E quanto mais os desperdiçarmos agora, tão mais cedo eles esgotarão.

Muitas pessoas não compartilham desse desperdício! Elas já perceberam que não dá para continuar com um estilo de vida que não mede limites como se os bens materiais fossem eternos. São vozes proféticas que conclamam a humanidade a buscar soluções alternativas, a conservar um mundo melhor para nossos filhos. A pergunta desafiante é: somos capazes de usar responsavelmente e de conservar as riquezas naturais, que tão generosamente recebemos de Deus, para que as gerações futuras ainda possam ter proveito delas?

Pastor Geraldo Graf

Publicado na edição 88 do Informativo dos Luteranos - setembro/2009
 

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Muitos bens não nos consolam tanto quanto um coração alegre.
Martim Lutero
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