“Mas tu, ó Deus Eterno, és o nosso Pai, nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por ti.” Isaías 64. 7
Gosto muito da imagem do oleiro. Ele usa o barro para o seu trabalho. Nas mãos dele, o barro vai sendo moldado de acordo com sua imaginação e criatividade. Faz dele o que ele quer. Vasos mais altos, baixos, grandes e pequenos. Tudo de acordo com sua vontade ou necessidade. E o barro nada faz senão se deixar transformar ou moldar naquilo que o oleiro quer. No entanto, o carinho e a dedicação usados pelo oleiro mostram que o barro é um material especial e precioso.
A bíblia também usa o exemplo. Nela as pessoas são comparadas ao barro. O profeta Isaías assume esta condição, por isso ele diz: “Mas tu, ó Deus Eterno, és o nosso Pai, nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós somos feitos por ti”. Assim ele entende a sua vida e aceita o chamado para ser profeta de Deus.
Da mesma forma, nós, como barro, somos chamados a nos colocarmos. Deus é o oleiro e nós somos barro. Ele quer nos moldar com a sua Palavra para que vivamos de acordo com a sua vontade. Somos chamados a reconhecermos que a nossa força e a nossa ajuda vem do Senhor Criador, Salvador e Santificador. Isto mostra que somos criaturas de Deus e a Ele pertencemos. Colocar-nos sob esta condição é um ato de profunda confiança, pois Deus nos cuidará baseado nos seu amor e na sua misericórdia.
No batismo, Ele nos acolhe e nos tornamos seus filhos e filhas. Esta condição nos valoriza. Torna-nos especiais para Deus. Tão especiais que fomos resgatados não por ouro nem por prata, mas pelo precioso sangue de Cristo. Independente, se somos vasos bonitos ou feios, altos ou baixos...
Isto Jesus nos quer testemunhar. O Cristo ressuscitado decreta a vitória da vida sobre a morte. E é algo já consumado, concluído, para o nosso conforto e consolo. Por isso, importante é saber agir como o salmista diz: “Entrega teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará”. Salmo 37.5
É importante não esquecer esta nossa condição. Pois existe muita gente por este mundo a fora que quer assumir a função de oleiro e faz de Deus o barro. Não é Deus quem deve ser trabalhado pelas nossas mãos, mas somos nós que devemos ser trabalhados por Deus. Deus quer nos moldar com a sua Palavra, por meio dos mensageiros que ele coloca em nosso meio. Se assim acontecer, sem dúvida o mundo em que vivemos será muito melhor, mais justo, sem fome, sem violência e sem desigualdade.
Rogamos que as mãos do oleiro possam cuidar, proteger e acompanhar a sua vida hoje e sempre. Amém.