Deus nos aceita por sua graça

16/09/2008

Você já teve a experiência de não ser aceito num lugar ou entre um grupo de pessoas? Como foi esta experiência? O que você sentiu? O que você fez diante desta situação? Reflita sobre isto pessoalmente.

Todos nós necessitamos sentir-nos aceitos, com nossas limitações, capacidades, fraquezas e potencialidades. É assim na nossa família, no relacionamento com nossos pais. Da mesma forma com nossos amigos e colegas. E não é diferente com Deus. Deus nos aceita como pessoa, mesmo na situação de pecadores. O amor de Deus ultrapassa as exigências que nos temos em relação uns aos outros. Normalmente temos regras e exigências para admitir e aceitar alguém entre o nosso grupo: que a pessoa goste do que gostamos, que se comporte como nos comportamos, se identifique com a gente, tenha algo em comum. Diante de tais experiências, nem sempre boas, nos perguntamos: Quem me aceita como sou?

Preciso, para ser aceito, provar o meu valor?

Diante de Deus não precisamos provar nosso valor para sermos aceitos. Ele nos aceita assim como somos. E isto já acontece em nosso batismo. Desde lá Deus nos aceita como seus filhos e filhas. Vamos conversar agora sobre as conseqüências que isto tem.

Uma pessoa que se sabe aceita e amada mesmo com seus defeitos recebe um novo sentido para a vida. Leiam Lucas 19.1-10. O que aconteceu de importante nesta história?

Jesus se dirige ao encontro com Zaqueu e se propõe a ter comunhão com ele. Jesus aceita Zaqueu como pessoa. E isto não provoca só uma mudança em Zaqueu, mas muda a maneira como ele se relacionava com as outras pessoas. Sentiu-se livre e encorajado a repartir e devolver o que de maneira injusta ajuntara para si. O decisivo na vida de Zaqueu foi o fato de Jesus ter ido ao seu encontro e se oferecido para ter comunhão com ele. Isto se repete também no encontro de Jesus com uma mulher pecadora. Em João 8.1-11, Jesus perdoa uma pecadora. Mas ao final Jesus faz uma recomendação à mulher que fora perdoada. Qual é a recomendação de Jesus?

Não insistir nem persistir no erro. É o mínimo que Jesus nos pede, pois isto tem a haver com o relacionamento com as outras pessoas. O fato de ser aceito e perdoado por Deus causa mudanças de atitude em relação às pessoas com as quais convivemos.  Não deveria ocorre conosco o que ocorreu com o empregado que foi perdoado pelo seu patrão, conforme o relato de Mt 18.21-35. Qual deveria ter sido a atitude do empregado que havia recebido o perdão frente ao seu colega que lhe devia?

Deus oferece a oportunidade de um novo início através do perdão. O perdão concedido por Deus nos estimula a agirmos assim com as pessoas. É importante saber que nós podemos perdoar porque também já fomos aceitos e perdoados anteriormente por Deus. Deus nos dá a capacidade de agirmos de maneira diferente do que outros nos impõem. Somos livres para aceitar e perdoar as outras pessoas.

 
P. Leomar Erlei Fenner
 


Autor(a): Leomar Erlei Fenner
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8583
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