“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros.”
(Jo 13.13-14)
A humildade é um exercício contínuo. É um aprendizado para a vida toda. É olhar o mundo, tudo e todos a nossa volta, da casa do amor.
Humildade não se aprende lendo
Apreende-se contemplando o Crucificado,
A cruz vazia, o sepulcro aberto.
Não é virtude de cristão/a perfeito
É atitude de cristão/ã a caminho.
E a humildade não anda sozinha...
Lá vem ela, caminhando silenciosamente,
com um claro sorriso nos lábios.
...lá vem ela... de braços dados...
Sim, de braços dados, com a liberdade!
Com a liberdade de servir, sem se sentir escravo.
Com a liberdade de descer, sem se rebaixar.
Com a liberdade de dar de si, sem negar o seu próprio valor.
Com a liberdade de olhar para além de si, sem perder o contato consigo mesmo.
Humildade não mede forças, acrescenta.
Humildade não divide, coopera.
Não serve a si mesma, molha a terra seca, para que a vida floresça.
Humildade não mora ao lado, habita dentro de ti.
Não alimenta vaidades ou disputas, cria elos.
Não constrói muros, se faz ponte.
Não é virtude dos grandes
É ousadia do coração dos pequeninos e pequeninas
Que pelos olhos da fé
Ousam ser a diferença em cada novo dia.
“Dá-nos olhos para ver, coração para entender e mãos para fazer a tua vontade, ó Deus querido”. Amém.
Pastora Jaqueline Schneider