Certo homem possuía uma fazenda no alto da serra. Volta e meia, ele precisava contratar novos empregados. Porém, a maioria não suportava o inverno. Era muito frio. Eles temiam também as frequentes tempestades que varriam a região, fazendo grandes estragos. Mesmo oferecendo uma boa gratificação, o fazendeiro teve muitas decepções. Depois de um bom tempo, apareceu um sujeito baixo e magro, de meia-idade, chamado Luisinho. Você entende de lavoura e de ovelhas? Perguntou o fazendeiro. Sim! Você sofre com o frio? Estou acostumado, pois sou de serra acima. Por fim, a derradeira pergunta: Você tem medo de tempestades? Bem! Disse Luisinho com tranquilidade: Eu consigo dormir enquanto os ventos sopram! Embora meio confuso com a última resposta, o fazendeiro o empregou. O pequeno homem manteve-se ocupado do alvorecer ao anoitecer, semanas a fio. O fazendeiro estava muito satisfeito. Certa noite, o vento soprou ruidosamente. De imediato, o fazendeiro pulou da cama, agarrou uma lanterna e correu até a casa do empregado. Sacudiu Luisinho e gritou: Levanta! Uma tempestade está chegando! Amarre tudo antes que seja tarde! O pequeno homem virou-se na cama e disse firmemente: Não, senhor! Eu lhe disse quando cheguei que posso dormir enquanto os ventos sopram. Enfurecido com a resposta, o fazendeiro estava pronto para despedi-lo imediatamente. Mas, na urgência, se apressou, preparando-se para a tempestade. Do empregado, trataria depois. Para seu assombro, descobriu que todos os montes de feno tinham sido cobertos com lonas firmemente presas ao chão. Os animais estavam bem protegidos no galpão. Todas as portas e janelas muito bem travadas. Tudo foi amarrado e fechado. Nada poderia ser arrastado. Somente então, o fazendeiro entendeu o que seu empregado quis dizer. Retornou tranquilo para sua cama para também dormir enquanto o vento soprava. Na verdade, quando você está preparado espiritual, mental e fisicamente, não tem nada a temer. Você pode dormir tranquilo enquanto os ventos sopram. Espero que você durma sempre muito bem, entregando tudo ao Senhor (Salmo 37.5).