Deficiências: quem não tem?

“Ame os outros como você ama a você mesmo” Tiago 2.8b.

23/08/2013

Deficiências: quem não tem?
 “Ame os outros como você ama a você mesmo” Tiago 2.8b.

Diz um ditado popular que: “de gênio e louco todo mundo tem um pouco”. E a deficiência? Será que todos nós não temos uma pouco dela? Acredito que sim, pois ninguém é auto-suficiente; todos nós temos alguma deficiência. Quando falamos de PcD - pessoas com deficiência, de qual deficiências lembramos? Deficiência Física, Deficiência Auditiva, Deficiência Visual, Deficiência Mental e Deficiência Múltipla. Mas e as deficiências que a vida nos impõe? Você já se deu conta que qualquer pessoa, “digamos normal”, está sujeita a se tornar uma PcD – Pessoa com Deficiência? Por exemplo: um acidente, um derrame, um infarto, uma doença degenerativa. Além disso, quando envelhecemos, em certos casos, nos tornamos totalmente dependentes daqueles que nos cercam. O que fazer diante dessa situação? Ignorar estas pessoas? Esquecê-las? Ou amá-las?

Acredito que em nossas Paróquias e Comunidades há muitas pessoas que vivem em meio a estas deficiências. E a minha pergunta é: o que estamos fazendo como igreja para incluí-las na vida da comunidade? Elas têm vivido em comunidade? Há poucos dias atrás, em pleno ano 2013, ouvi de uma mulher a expressão: “Filho com deficiência é pecado, é castigo de Deus – uma cruz para ser carregada”. Será mesmo? Não! E diante dessa colocação, fico pensando: quantas são as famílias que vêem seus “parentes com deficiência” como um castigo de Deus.

O versículo bíblico de Tiago nos mostra que, como filhos e filhas de Deus, somos convidados e convidadas a amar e respeitar as pessoas, independentemente da cor, da raça, por serem altas ou baixas, gordas ou magras ou por terem ou não uma deficiência. Tiago nos ensina que a fé em Jesus Cristo não admite a discriminação, exclusão ou valorização de uma pessoa pela sua aparência. Cristo nos convida a respeitar e amar todas as pessoas. Nós somos iguais? Não! Deus nos fez diferentes. Somos parte da diversidade da criação de Deus e, assim, cada pessoa com o seu jeito de ser é convidada a testemunhar o grande amor de Deus.

Dessa maneira, ser comunidade inclusiva significa anunciar o Evangelho e fazer diferença no local onde vivemos. Comunidade inclusiva é aquela que acolhe, que participa e testemunha o ser igreja junto às pessoas que se sentem excluídas e discriminadas, bem como com os familiares delas. Que cada pessoa se sinta acolhida e abraçada por Deus do jeito que é, e que este gesto de Deus nos motive a acolher e abraçar quem está ao nosso lado. Pense nisso!

Um abraço!
Pastora Carla Tais K. Bersch
Paróquia de Três de Maio e Boa Vista do Buricá

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