Declaramos, para os devidos fins, que o fim da Igreja é servir a Deus até o fim dos tempos.
Há uma razão de ser” da Igreja, um lugar em meio ao mundo em que ela se torna fundamental. A Igreja que surge a partir de Pentecostes (Cf. Atos 2.1-4), busca cumprir com a missão de Deus até o fim dos tempos (Cf. Mt 28.19-21). Nesta caminhada missionária, a Igreja se constitui enquanto corpo de Cristo e está integrada ao projeto do Reino de Deus (Cf. 1 Co 12.12-27). A Igreja não se reúne por se reunir. Nem tampouco é como um shopping center da fé. Ela tem o propósito de servir ao seu Senhor Jesus Cristo. Dela Deus requer exclusividade, pois não se pode servir a dois senhores (Mt 6.24). Sua tarefa é mostrar a face amorosa de Deus ao mundo: “tive fome e me destes de comer, sede e me destes de beber …” (Cf Mt 25.35-46)
Para muit@s hoje, a Igreja parece não ter esta finalidade. Para outr@s, ela não tem muita importância. Para outr@s ainda é como se ela fosse um clube ou sociedade. Isto porque, algumas pessoas vêem na Igreja apenas uma forma de atender suas necessidades espirituais, descarregar a consciência pesada, buscar vantagens e ter um contato particular com um deus que elas mesmas inventam. Este tipo de pessoa vai à Igreja só quando precisa. E desculpas, argumentos para fugir da missão não faltam; a criatividade para isso é enorme. Nesse sentido, a vivência da fé se dá de uma maneira egoísta; e o próximo, @s outr@s, não importam mais.
Porém, a grande maioria que freqüenta os cultos sabe que lá encontrará o Deus verdadeiro. Que a salvação não é algo só para o indivíduo, mas sim para toda a comunidade e para todo o mundo, também para aquel@s que são diferentes de nós. Visto que, a missão dada por Jesus de ir e pregar o Evangelho até os confins da terra (Cf. Mc 16.15s) é estendida a todos os que crêem. Mesmo assim, ainda há quem pense que a fé é algo de fôro íntimo e pessoal. Pode até ser. Mas se ficar só nisso, o grande mandamento do amor, a Deus e ao próximo (Cf. Lc 10.26), fica refém da posição pessoal de cada um/a. Consequentemente, aí não existe mais Igreja, porque não há mais a idéia de “corpo”.
Igreja não sou “eu apenas. Nem tampouco é um bando de “nós” descomprometidos com o mundo e sem responsabilidade. Igreja tem de ser relevante para a sociedade! Conquanto, a Igreja, através de seus membros, precisa se relacionar com o meio aonde está inserida. É ali que ela cumpre sua missão. Neste contexto, ela é chamada a dar o seu testemunho sendo sal e luz (Cf. Mt 5.13-14). Da forma como está dito em João 14.35: Nisto conhecerão todos que vós sois discípulos meus: se tiverdes amor uns pelos outros”.
Lembro que na faculdade de teologia aprendi que o culto é o rancho na roça da comunidade cristã”. No rancho descansamos, conversamos, trocamos idéias, nos alimentamos e renovamos as forças para a trabalho que se segue. No culto Deus vem ao nosso encontro, nos escuta, nos anima a seguir em frente, nos orienta, nos dá a Ceia, Seu perdão, Sua bênção e supre nossas dificuldades, superando nossas fraquezas. Com Deus, na Sua casa, encontramos energia para ir até o fim na missão de buscar o Reino de Deus e a sua justiça (Cf. Mt 6.33). Também, partir do culto - com base no nosso batismo, somos enviad@s: ide e fazei discípulos …” (Mt 28.20). Portanto, o “fim da Igreja é lutar por dignidade; em nome daquele que veio para que todo@s tenham vida abundante (Cf. Jo 10.10). Para que assim, o Evangelho do Reino seja pregado a todas as nações, só então virá o fim (Cf Mt 24.14). Nesse sentido, desejo um bom “fim para tod@s nós!