Datas Comemorativas
500 anos - 1500
Primeira missa no Brasil
No dia 22 de abril de 1500, a tripulação da esquadra comandada por Pedro Alvares Cabral avistou terra após uma longa viagem que iniciara em Portugal, em 9 de março. Tinham eles, pela primeira vez, chegado ao Brasil, ao qual chamaram de Monte Pascoal. A população indígena local, os tupiniquins, recebeu os navegadores de além-mar. Os primeiros contatos foram registrados por Pero Vaz de Caminha naquele que ficou sendo o primeiro documento escrito pelos portugueses em solo brasileiro. O frei Henrique Soares, de Coimbra, acompanhava a expedição e celebrou a primeira missa no dia 26 de abril numa das ilhas da costa. No dia 1° de maio, foi celebrada a segunda missa, desta feita em terra firme. Assim deu-se como oficializada a posse portuguesa da nova terra. A colonização, porém, seria iniciada mais tarde.
250 anos - 1750
Tratado de Madri
Em 13 de janeiro de 1750, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Madri, no qual era reconhecido o direito dos portugueses sobre territórios por eles ocupados a oeste do meridiano de Tordesilhas, em especial a incorporação dos Sete Povos das Missões, no noroeste do atual estado do Rio Grande do Sul, em troca da Colônia do Sacramento, às margens do rio da Prata, no atual território do Uruguai, que passou a ser possessão espanhola. Esse tratado teve trágicas consequências para os guaranis nos Sete Povos: espanhóis e portugueses se uniram para impor pela força das armas este tratado aos índios.
100 anos - 1900
Lei Eclesiástica Prussiana
Esta lei criada em 7 de maio de 1900 previa a possibilidade para as comunidades evangélicas no Brasil se filiarem à Igreja da União Vétero-Prussiana, na Alemanha. Desta forma, buscava-se regulamentar as relações entre pastores e comunidades e assegurar sua aposentadoria. De outra parte, aumentavam os laços de dependência. A situação criada pelas guerras mundiais, porém, levou as comunidades no Brasil a se definirem como tais e, dessa forma, caminharem com as próprias pernas, mantendo com a Igreja Evangélica na Alemanha uma relação de fraterna parceria.
50 anos - 1950
1° Concilio Geral da Federação Sinodal (IECLB)
Em 1949, quatro Sínodos evangélico-luteranos no Brasil constituíram uma Federação Sinodal. Eram eles: Sínodo Rio-grandense (1886); Sínodo Evangélico Luterano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados da América do Sul (1905); Associação de Comunidades Evangélicas de Santa Catarina e Paraná (1911); Sínodo Evangélico Brasil Central (1912). A Federação Sinodal foi a origem da IECLB enquanto Igreja de abrangência nacional. O primeiro Concílio Geral aconteceu nos dias 14 a 16 de maio de 1950, em São Leopoldo/RS. Nesse concílio, foi definido o programa que orientaria a atuação da IECLB nos anos seguintes. Ele foi resumido da seguinte forma pelo então presidente, P. Dr. Hermann Dohms: a) Somos Igreja de Jesus Cristo no Brasil; b) Somos Igreja confessionalmente determinada pela Confissão de Augsburgo e o Catecismo Menor de Martim Lutero; c) Somos Igreja ecumênica, aberta ao diálogo com quem admite o Evangelho de Jesus Cristo, transmitido pelas Sagradas Escrituras como norma de fé e ação.
30 anos – 1970
Manifesto de Curitiba
No dia 24 de outubro de 1970, durante a realização do 7° Concílio Geral, em Curitiba/PR, a IECLB lançou um manifesto sobre as relações entre Igreja e Estado. O documento tem especial importância, considerando-se o contexto sócio-político brasileiro da época. Em 5 de junho de 1970, a Federação Luterana Mundial transferira para Evian, na França, uma assembleia geral que estava prevista para Porto Alegre, como forma de marcar sua oposição à prática de desrespeito aos direitos humanos no Brasil governado pelos militares. Ainda sob o impacto do ocorrido, os conciliares aprovaram um manifesto no qual sustentavam que a Igreja e Estado poderão cooperar e dialogar em questões onde as responsabilidades não podem ser separadas, mas que, em fidelidade ao Evangelho, a Igreja precisa manter uma função crítica em relação ao Estado. Além disso, o manifesto sustenta que nem situações excepcionais podem justificar práticas que violam os direitos humanos. O documento foi entregue ao Presidente da República no dia 5 de novembro de 1970.
Estas informações foram compiladas por Osmar Luiz Witt
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