O ônibus escolar enguiçou numa estrada de interior. Lúcia pegou a mão do seu irmãozinho, dizendo-lhe: Nossa casa não é longe. Vamos seguir à pé, atalhando pelo potreiro. Mas, lá pelas tantas, debaixo do sol escaldante de meio dia, o menino falou: Não consigo mais subir o morro. Lúcia, conhecendo as manhas, olhou bem nos olhos dele e reparou que, de fato, ele estava exausto. Entretanto, não desistiu. Depois de descansar alguns minutinhos, ela disse: Mano! Repare... Descobri uma brincadeira! Dê um passo aqui na beirada e veja se consegue deixar uma pegada bem nítida na terra. Olhe só a minha! Agora, veja se consegue fazer uma tão boa assim! O menino deu um passo e disse: A minha está igual! Você acha? Continuou a irmã. Olhe a minha, de novo, aqui! Eu faço mais forte que você, porque sou mais pesada e por isso a pegada fica mais funda. Tente de novo. Agora a minha está tão funda quanto a sua! Gritou o menino. Olhe! Esta, esta e esta, mais fundas possível! É... Está muito bom mesmo! Disse a irmã. Mas, agora é minha vez. Deixe-me tentar de novo e vamos ver! Eles continuaram, passo a passo, comparando as pegadas e rindo da nuvem de poeira que lhes subia por entre os dedos descalços. Dali a pouco, o menininho olhou para baixo. Ei! Disse ele... Nós estamos no alto do morro! Disse Lúcia: Nossa... Estamos mesmo... E, assim a etapa mais difícil da caminhada já tinha sido superada. Leia Mateus 10.16.