Otto gostava de explorar, de inventar, de arriscar... Por isso, também vivia esfolado por tombo de bicicleta, espinho de árvore, coice no futebol... Dona Joana conhecia bem o filho. Toda manhã carregava-o de conselhos para evitar o mal. Ele escutava alguns, outros deixava de lado... Todavia, Joana percebia que, semana após semana, o menino crescia. Cada tombo servia de lição. Assim, Otto ficava mais maduro. Como mãe, ela tinha sempre dois remédios à mão. Tais remédios estão presentes em muitas famílias. Inicialmente, ela usava o Merthiolate, que ardia muito ao ser aplicado. Cada machucado, além da dor em si, trazia consigo a aplicação ardida do remédio. Assim é a vida... Todo erro que cometemos deveria ser seguido pelo “ardor” do arrependimento. Há remédio melhor? Após a aplicação do Merthiolate, Dona Joana completava o tratamento com um beijo na testa do menino. O arrependimento sempre traz consigo a possibilidade do amor. É importante que lembremos disso todos os dias de nossa vida. O amor cobre multidão de pecados (1 Pedro 4.8). Deus, tal qual mãe, só deseja o bem de seus filhos.