José estava sozinho e idoso. O Serviço Social colocou-o num Lar de Descanso. Todavia, havia pouco descanso, pois era um sujeito nervoso, que se estressava por qualquer bobagem e tinha insônia constante. Uma pilha de nervos. Certa manhã, apareceu na casa uma menina, que era filha de funcionária. Sossegada, a garotinha pintava uma imagem do Cristo Crucificado. Houve uma breve atração. A “pilha de nervos” se aproximou daquele pequeno “recanto de paz”. Sentou-se ao lado da menina e por alguns minutos admirou e sossegou. Apontando ao desenho, a menina disse ao idoso: Ele se entregou por mim. José respondeu: Por mim, não! Por que não? Questionou a menina. José sentiu liberdade para desabafar dizer: Fiz muita maldade. Eu tenho sangue nas mãos, até matei. De novo, ela mirou o rosto enrugado do idoso. Continuou: Você sabe que Jesus não estava sozinho naquele dia. Era três crucificados. Um deles riu de Jesus. O outro, porém, disse ao companheiro: Fique calado, pois nós somos culpados. Mas, ele é um sujeito bom. Mesmo assim, está aqui na cruz, de maneira injusta. Mansamente, a menina terminou: Ao que reconheceu sua culpa, Jesus comentou que logo mais iriam se encontrar no paraíso. Você também gostaria de se encontrar com Jesus no Paraíso? Basta assumir a culpa e pedir perdão. Daquele dia em diante, José se tornou mais sociável. Também, passou a deitar e descansar. Assim, ele seguiu seus últimos dias com os olhos no Paraíso.
Quarteto Gileade apresenta “Paraíso”...