Cristo é a nossa paz - Efésios 2.14 - Pastor Eldo Kruger - 26 de março de 2021

Oração em tempo de coronavírus

26/03/2021

Em todo período da Quaresma, que iniciou na quarta-feira de cinzas, está acontecendo a Campanha da Fraternidade Ecumênica ano 2021. O tema da Campanha desse ano é: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. Esse tema está fundamentado num texto que encontramos na carta que foi escrita para a Igreja de Éfeso, especialmente o capítulo 2.14ª: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”.

Na Igreja de Éfeso havia uma forte tensão e conflito entre os judeus que se tornaram cristãos e pessoas de outras etnias, culturas e religiões que também se tornaram cristãos. O relacionamento e a convivência na Igreja entre esses dois grupos distintos não foi tranquilo e pacífico. Havia um muro cultural e religioso que separava judeus e gentios, uma realidade que a gente vê hoje na sociedade e nas igrejas.

A carta escrita para a Igreja de Éfeso nos desafia a repensarmos hábitos e comportamentos em relação as pessoas que são diferentes. Nos desafia a superarmos todas as formas de inimizade, antipatia, insensatez, intolerância, racismo (inimizade étnica e racial), preconceitos, hostilidades e violências, especialmente em relação as pessoas de etnia e cultura diferentes, jovens e mulheres negras, povos indígenas, imigrantes, grupos LGBTQI+.

O propósito de Deus sempre foi de reconciliar e reunificar todas as pessoas, povos e nações, como seu povo. A partir de Cristo isso começou a se tornar realidade. Com a morte, Cristo derrubou todas as barreiras que separam as pessoas e povos. Promoveu relação de equidade e acolhida entre os povos. Fez o milagre de aproximar, pacificar e unir pessoas e povos diferentes. Essa unidade na diversidade precisa ser preservada.

Se existem divisões e conflitos, e talvez até causados em nome da fé, isso é um pecado que estamos cometendo. Como cristãos precisamos saber que em Cristo não há lugar para a discriminação, preconceito, racismo, antipatia, ódio e violência. Pelo contrário, como cristãos somos chamados a amar todas as pessoas, a reconhecer sua dignidade e valor, a praticar o respeito e a empatia, o diálogo e a convivência fraterna. Que assim seja!

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