CONFISSÃO E INTERCESSÃO RECÍPROCAS – “Confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos outros.” (Tiago 5.16a)
Admitir erros e fraquezas não é algo comum em nossa sociedade. Por exemplo, quando elaboramos nosso currículo, ressaltamos apenas as qualidades, e silenciamos sobre nossos pontos fracos. Em tudo, tentamos nos sobrepor aos outros. Enxergamos as outras pessoas como concorrentes, como aquelas que precisam ser derrotadas para que nós mesmos alcancemos o sucesso. Admitir fraqueza não se enquadra na vida determinada pela competição.
Escondemos nossas fragilidades, fingindo ser o que de fato não somos.
Mas, como uma bola de neve, um sentimento ruim vai crescendo dentro de nós. Incomoda-nos a necessidade de mostrar o que não somos, e invejamos as outras pessoas que parecem ser mais bem sucedidas do que nós. Sofremos e ficamos doentes.
Seria muito melhor sermos apenas aquilo que de fato nós somos, sem máscaras. Viveríamos muito mais alegres e conviveríamos melhor com as pessoas, sem as enxergarmos apenas como alguém a ser derrotado.
O texto bíblico motiva as pessoas a irem ao confessionário para buscar a absolvição de seus pecados junto a Deus. Isso nos reaproxima de Deus. Porém, Tiago nos propõe dar mais um passo: O passo da reconciliação com o próximo. Ele sugere confessar os pecados uns aos outros e orar uns pelos outros. O autor bíblico pede propõe que admitamos e compartilhemos as fraquezas uns com os outros e, juntos, busquemos o auxílio e o perdão de Deus através da oração. Dessa forma, curam-se os relacionamentos e supera-se a pressão social por competências e concorrências. Assim acontece restauração quando um busca orientação e ajuda do outro para as suas dificuldades e quando um intercede pelo outro.
Com certeza não é fácil escolher este modo de vida, proposto por Tiago, dentro de uma sociedade que premia os bem-sucedidos e descarta os fracassados. Por isso há tanto fingimento. Por isso tanta gente fica doente. Tiago convida os cristãos de todos os tempos a quebrar este círculo vicioso e vivenciar uma comunhão fraterna, na qual todos sejam incluídos e cuidam uns dos outros e intercedem uns pelos outros. Podemos chamar esta comunhão de “Comunidade Terapêutica”.
Que tal praticarmos isto em nossa comunidade?!
Pastor Geraldo Graf
Oração:
Amado Deus, nosso Pai, nós agradecemos porque diante de ti nós podemos ser autênticos, admitir nossas fraquezas. Sabemos que tu nos amparas e nos carregas com teu perdão e com teu amor. Permite que cuidemos uns dos outros a partir da tua misericórdia e assim descubramos a força da comunhão fraterna. Por Jesus Cristo, nosso irmão e Senhor. Amém.
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