Domingo à noite, após o culto, uma jovem senhora estava sozinha aguardando o ônibus no ponto. Um policial aproximou-se dela e disse: Boa noite, moça! Esse bairro é meio perigoso. Quer que eu fique com você? Ela prontamente respondeu: Não é necessário. Eu não tenho medo, pois Deus está comigo. Bom! Continuou o guarda. Mas, quero ficar contigo, pois eu estou com medo. Que tal, então, você me fazer companhia? Naquele momento - assim percebeu o guarda - o que estava em jogo não era ter ou não ter fé. Ele apenas demonstrou sinceridade e responsabilidade. Por vezes pensamos que a presença do medo em nossos corações é uma negação da fé. Há quem raciocine mais ou menos assim: Quem confia em Deus nunca deve ter medo. Eu tenho medo, portanto não estou confiando. Naturalmente não gostamos de admitir isso. Afinal, o que os outros pensariam da gente? Todavia, o próprio apóstolo Paulo confessou que estava com medo. Ele disse: “Quando estive com vocês, estava fraco e tremia de medo” (1ª Coríntios 2.3). Ainda assim, ele foi usado por Deus. Por isso, continuou dizendo: As minhas palavras não consistiram em linguagem apenas de sabedoria, mas em demonstração do poder do Espírito (v.4). Ele reconheceu sua ansiedade, mas confiou completamente no Espírito, que o chamou para viver de maneira responsável. Admitir que estamos com medo é admitir que somos humanos. Admitir que estamos com medo e confiar em Deus é abrir a porta ao poder e à vitória. Mas, há um detalhe importantíssimo: Agir pela fé não é brincar com a vida, nem com a sua, nem com a das pessoas que estão à sua volta. A pandemia é momento de prova à nossa fé. Precisamos confiar, mas com responsabilidade. Confiar, sim. Vacilar no cuidado, jamais. O que você escolhe?