A palavra-chave é CONFISSÃO. É uma palavra de uso frequente nas igrejas. Ela pode muito bem ser traduzida pelo termo “reconhecimento”. Por exemplo, na CONFISSÃO DE FÉ, reconhecemos quem é o nosso Deus. Então, me acompanhem:
CREIO EM DEUS, PAI TODO-PODEROSO, CRIADOR DO CÉU E DA TERRA.
E EM JESUS CRISTO, SEU FILHO UNIGÊNITO, NOSSO SENHOR,
O QUAL FOI CONCEBIDO PELO ESPÍRITO SANTO, NASCEU DA VIRGEM MARIA,
PADECEU SOB O PODER DE PÔNCIO PILATOS, FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO,
DESCEU AO MUNDO DOS MORTOS, RESSUSCITOU NO TERCEIRO DIA,
SUBIU AO CÉU, E ESTÁ SENTADO À DIREITA DE DEUS PAI, TODO-PODEROSO,
DE ONDE VIRÁ PARA JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS.
CREIO NO ESPÍRITO SANTO, NA SANTA IGREJA CRISTÃ,
A COMUNHÃO DOS SANTOS, NA REMISSÃO DOS PECADOS,
NA RESSURREIÇÃO DO CORPO E NA VIDA ETERNA. AMÉM.
Não há comprovação histórica, mas é dito que, logo após a Ascensão de Cristo, os apóstolos se reuniram e criaram um texto comum que expressasse os valores espirituais usados e afirmados por aqueles que assumiam a fé cristã. A mesma Trindade que dá suporte ao sacramento do Batismo é também o esqueleto do Credo Apostólico. Cremos no Deus que é o CRIADOR. Em seu Filho Jesus, o SALVADOR e no Santo Espírito, que é o SANTIFICADOR do povo de Deus.
Sempre de novo, quando a igreja se reúne, colocando-se diante da Trindade é necessário igualmente fazer uso do segundo sentido da palavra CONFISSÃO. Ou seja, após dizer em qual Deus cremos, é preciso reconhecer quem de fato somos, pecadores. Por isso, em culto há o momento de CONFISSÃO DE PECADOS. Há uma lógica na liturgia cristã. Infelizmente, alguns desprezam ou desmerecem a liturgia. Todavia, ela sempre valoriza a presença de Deus e a nossa condição natural, longe do Senhor, oferecendo um momento de COMUNHÃO, com Deus e com o outro. Lutero deixou-nos a seguinte prece de confissão:
DEUS TODO-PODEROSO, PAI MISERICORDIOSO. EU, PESSOA POBRE, MISERÁVEL E PECADORA, CONFESSO-TE TODOS OS MEUS PECADOS E INJUSTIÇAS QUE COMETI EM PENSAMENTOS, PALAVRAS E AÇÕES. COM ELES, EM ALGUM MOMENTO, CAUSEI A TUA IRA, MERECENDO O TEU CASTIGO NESTA VIDA E NA ETERNIDADE. TODOS ESTES PECADOS PESAM NA MINHA CONSCIÊNCIA E ME ARREPENDO DELES PROFUNDAMENTE. PEÇO-TE, POR CAUSA DA TUA MISERICÓRDIA INFINITA E DA INOCENTE E AMARGA PAIXÃO E MORTE DE TEU FILHO JESUS CRISTO: TEM MISERICÓRDIA DE MIM, POBRE PESSOA PECADORA. PERDOA-ME TODOS OS MEUS PECADOS. CONCEDE-ME A FORÇA DO TEU ESPÍRITO SANTO PARA MELHORAR A MINHA VIDA. AMÉM!
Em 1876, o norte-americano Edgar Page-Stites compôs “Simply Trusting Every Day”, o qual foi traduzido ao português pelo P. Lindolfo Weingärtner como “Creia Sempre Sem Cessar”...
