Compaixão e ação

Devocional Dominical - 14-6-2020

12/06/2020

Compaixão e ação 

Você já sentiu pena de alguém que passava por alguma situação difícil? Certamente que sim. Aliás, pena não é a palavra certa. A palavra apropriada é comoção, ou, ainda melhor, compaixão.

Nos compadecemos e nos compadecemos diante das dores e dos sofrimentos alheios.  Sentimos comoção frente às tragédias e calamidades que volta e meia alguma parte do mundo enfrenta. 

Sentir compaixão é uma atitude que demonstra a nossa humanidade e a nossa capacidade de nos sensibilizarmos com a dor alheia. No entanto, cada vez mais as pessoas tem se embrutecido.  Assim, vemos cada vez menos pessoas se compadecendo de fato diante de sofrimentos a sua volta. As pessoas veem os noticiários que falam de mortes e tragédias, e algumas pessoas sentem no máximo um pouco de dó, de pena, ou até de incômodo, mas não passa disso.

Lembro-me quando o coronavírus começou a matar muitas pessoas na China, alguns sentiram pena, mas muitos ficaram indiferentes. Houve até quem dissesse que era castigo. Quando o vírus chegou a Europa, e os noticiários anunciaram muitas mortes na Itália, ouviu-se comentários como “ah, mas lá a população é bastante idosa”. Mas agora que o mal está perto de nós, sentimos na própria pele.

Voltando ao texto, Jesus, ao ver as pessoas aflitas se compadeceu delas.  Sim, Jesus curou muitos doentes, alimentou famintos, e ensinava a palavra aos que não a conheciam. Podemos dizer que Jesus teve um amplo engajamento social. Mas nesta situação específica, Jesus enxergou a carência espiritual das pessoas e foi sensível à necessidade de pastoreio. No entanto, Jesus não apenas sentiu. Ele partiu para a ação. Enviou os seus discípulos para que pastoreassem esse rebanho aflito.

Querido irmão, querida irmã. A tarefa de pastorear o rebanho não é exclusiva de Jesus. Tampouco é tarefa só de pastores e líderes religiosos. É dever de todo cristão, pastorearmo-nos uns aos outros. É bem verdade que há pessoas passando por necessidades e precisam de alimentos, roupas, e recursos diversos. Nem é preciso dizer que há muitos doentes, que precisam de cuidados para recuperarem a saúde. Há pessoas que precisam ser ensinadas, precisam ser educadas, esclarecidas. Mas, em meio a tudo isso, há também muitas pessoas com enormes necessidades espirituais. Há multidões aflitas que se parecem ovelhas sem pastor. E é precisamente nesse contexto, que como igreja devemos exercer a nossa função primária: atender às necessidades espirituais das pessoas. É claro que precisamos olhar para as demais necessidades e carências das pessoas.  Isso é diaconia. Mas, não podemos perder o foco de nossa missão. Não podemos nos esquecer ou abrir mão no nosso essencial. Também não podemos ficar apenas no sentimento, ou apenas no discurso.  Aliás, muitos discursos de ajuda são feitos, mas, ações concretas de caridade... aí são outros 500.

Saiba que Jesus, que enviou os seus apóstolos, que foram nominalmente citados na bíblia, também envia a mim e a você.  Com certeza não teremos como pastorear multidões. Mas, podemos sim fazer a diferença para uma ou duas pessoas.  Basta com que nos permitamos ser enviados, e o Espírito Santo certamente nos capacitará. Amém.
 


Autor(a): Cleiton Friedemann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Schroeder (SC)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 9 / Versículo Inicial: 35 / Versículo Final: 38
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 57173
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