Essa pergunta inclui não somente o futuro próprio, mas também dos seus filhos ou netas, do Brasil e do planeta. Falando em futuro, no máximo o que os seres humanos, podemos fazer é prever, ou seja, advertir ou observar algo de forma antecipada. Ninguém pode com 100% de certeza saber como será o mundo daqui a 100 anos ou melhor dito, como será o dia de amanhã.
As pessoas com depressão não conseguem ver o futuro. No outro extremo estão os excessivamente otimistas, que enxergam possibilidades em tudo. O mais saudável e sensato será ir pelo caminho do meio. Saber reconhecer as dificuldades e as oportunidades.
Em novembro, entramos no fim do ano eclesiástico. Cada domingo, os textos bíblicos vão apontar para o final dos tempos. O que nos leva a refletir como igreja e como indivíduos sobre o que virá.
Como Paróquia estamos refletindo sobre o nosso futuro, tentando encontrar meios para continuar subsistindo apesar dos problemas financeiros. O Conselho Paroquial está fazendo o seu papel e guia à Paróquia da melhor forma possível. A igreja como instituição tem que pensar no próximo mês, no próximo ano. Até a OASE de Ipanema foi desafiada para pensar como será em 20 anos. O desafio da continuidade não é só para alguns. O futuro da Paróquia não está só nas mãos da diretoria, mas de cada pessoa que se considera membro desta comunidade de fé.
Preocupar-se sobre o futuro não é só uma tarefa coletiva. Também deve ser pensado de forma individual. Mais do que pensar onde passará as próximas férias, será que você já se deteve a pensar sobre quantos dias de vida ainda terá? Ou mais radicalmente já refletiu sobre a sua própria morte e o que acontecerá depois da morte?
Essas perguntas podem assustar. Se o passado nos auxilia a prever o futuro, olhar para a história da humanidade pode ser aterrador. Uma pessoa sem fé pode com certeza prever um futuro angustiante. Mas, cristãos e cristãs olham para a história e observam o agir de Deus, que em meio ao sofrimento acolhe, anima e dá forças. Cristãos e cristãs não tem medo do futuro pois sabem que está nas mãos de Deus. Ainda que o que virá seja difícil, podemos dizer junto com Jó: eu sei que meu defensor vive (Jó 19.25).
E agora retornamos à pergunta: Como você vê o seu futuro?