Quando menino, minha mãe costumava dizer: Não esqueça de levar o guarda-chuva. De teimoso, fazia de conta que não ouvia. Algumas vezes, voltava tranquilo ao lar. Noutras, encharcado. Diz o ditado: Melhor prevenir do que remediar. Quando assumi o pastorado, havia a orientação da igreja de que deveríamos pagar o INSS. Todavia, não havia um controle exato ou uma cobrança mais firme. Em decorrência, algumas famílias enfrentaram dificuldades. Depois, houve uma mudança. A igreja determinou uma contribuição “mínima” fixa aos seus ministros. Porém, ainda assim alguns teimosos questionaram: Mas, por que pagar tanto, faltando muito tempo à aposentadoria? Na verdade, o pagamento já era uma proteção em caso de doença, invalidez ou pensão. Hoje, como pastor, também ouço inúmeros casos de membros relacionados à “previdência”. Em boa parte, as irresponsabilidades pessoais são traduzidas em queixas ao governo. Que há injustiças, ninguém nega. Todavia, não há como acobertar péssimas decisões pessoais. Aqui se revelam outros ditados bem comuns. Primeiro, só colho quem semeio. Ou seja, não vou receber se não pagar. Segundo, só vou colher aquilo que for semeado. A regra vale na poupança, na saúde, no respeito e principalmente no amor.
De José Acácio Santana (1939-2011), “As Sementes Que Me Deste” com Coral Palestrina de Curitiba.
