Coisas simples

04/09/2014

Caminhando nesses dias de setembro, comecei a pensar nas coisas simples da vida. Como é bom aquele café com leite, aquele pão com manteiga, ouvir aquele passarinho entoando um cântico tão velho e tão bonito.
Como é bonito ver um ipê amarelo colorindo caminhos, saudando a primavera que se aproxima com elegância e um toque feminino de beleza e força.
Como é bom olhar as folhas das árvores se movendo ao toque dos ventos e observar as nuvens que se deslocam formando desenhos no céu, mexendo com nossa imaginação e criatividade.
Como é bonito olhar minha cachorrinha se espreguiçando pela manhã, me olhando com seu jeito amoroso, pedindo um pouco de carinho e lambendo as minhas mãos como se eu fosse seu deus.
Como é bom cantar aquela canção que me traz recordações tão bonitas de um tempo que não volta, mas que deixou marcas tão profundas que o recordar não é doído, mas é um sentimento de gratidão pela vida que já vivi com tantas coisas lindas, incompletas e imperfeitas, que me fazem lembrar quem eu sou.
Como é bonito apreciar as coisas simples da vida! A casa desarrumada, sinal de vida e de alegrias. O barulho da máquina de lavar, o telefone que toca, o som das louças que se encontram quando guardadas no armário... Como é bom ter onde morar, o que comer, o que beber, o que vestir...
Como é bonito encontrar um sorriso inesperado no rosto de um transeunte, um “bom dia” de um desconhecido, um abraço apertado que ganhei sem ter feito nada para merecê-lo, apenas por ser humano, por ser uma criatura de Deus.
Como é bom acordar com um beijo, andar de mãos dadas, jogar conversa fora, brincar como criança, jogar bola, dar boas risadas, encontrar amigos, ler poesia e comprar sorvete na padaria da esquina.
Como é bonito pisar na areia da praia, olhar o mar que encosta no céu e sentir uma brisa no rosto, suave como o Espírito de Deus que me enche de ternura e me dá sensibilidade para ver na outra pessoa o rosto de Cristo.
São tantas coisas simples e bonitas que peço a Deus que eu nunca me esqueça que é na simplicidade da vida que eu encontro o Seu sorriso e no estender a mão a alguém que eu encontro o Seu abraço. Que eu nunca esqueça que a vida é bonita e que ser Seu filho não é ter fartura material, mas ter a sabedoria e o amor que reconhecem que é nas pessoas simples e nas coisas simples da vida que tenho encontros maravilhosos com o SENHOR. Amém.
Pastor Telmo Noé Emerich – Panambi – RS
 


Autor(a): Pastor Telmo Noé Emerich
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 29702
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Mal tenho começado a crer. Em coisas de fé, vou ter que ser aprendiz até morrer.
Martim Lutero
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