Celebração do Dia das Mães

Caderno de Estudos para Mulheres/OASE

10/01/2014

ENCONTRO nº __ Dia: __/__/____
Departamento de Mulheres/OASE do Sínodo da Amazônia
Pª Ivanda Keller Schreiber
Paróquia Princípio da Esperança – Rolim de Moura- RO

Obs: Os hinos são apenas sugestões, cada grupo tenha a liberdade de escolher.
Acolhida: É com alegria que nós nos reunimos aqui. Hoje é um dia especial, dia das Mães. Por isso, quero saudar a todos/as com as palavras do profeta Oseias que dizem: “O Deus Eterno diz: Quando Israel era criança, eu já o amava e chamei o meu filho, que estava na terra do Egito. Mas fui eu que ensinei o meu povo a andar, eu os segurei nos meus braços, porém eles não sabiam que era eu que cuidava deles com laços de amor e de carinho, eu os trouxe para perto de mim, eu os segurei nos braços como quem pega uma criança no colo. Eu me inclinei e lhes dei de comer” (Os 11. 1, 3-4)
E este é o nosso Deus! Deus que é Pai e Mãe. Um Deus materno e amoroso, protetor que cuida e alimenta seus filhos e filhas. Sejam todos/as bem vindas à casa de Deus para este encontro com Deus e com os irmãos e irmãs na fé.
Hino: 58. O nosso encontro vai ser abençoado.
Saudação Trinitária. Celebramos este culto em nome de Deus que é Pai e Mãe, em nome de Jesus Cristo, filho amado, nosso irmão e Salvador e em nome do Espirito Santo, força santificadora e animadora. Amém.

Confissão de Pecados.
Costura: Deus nos dá a vida, nos dá tudo o que nos precisamos para viver. Ele nos cuida com muito amor, assim como uma e pai cuidam de seus filhos. Porém nós muitas vezes não reconhecemos esse amor, achamos que somos autossuficientes, não fazemos a sua vontade, e fazemos muitas coisas erradas. Queremos neste momento no colocar de pé e confessar os nossos pecados.
Querido e Amado Deus, hoje lembramos com carinho de todas as mães do país e do mundo inteiro. Por isso, na tua presença como filhas e filhos de Deus, não temos respeitado nossa mãe e pai como deveríamos. Assim, desobedecemos teus mandamentos. Como família, não valorizamos devidamente o trabalho das mães e pais, de nossos irmãos e irmãs. Como Igreja, muitas vezes queremos julgar as pessoas, colocar leis para valer ou ainda muitas vezes queremos fazer a nossa vontade individual valer. Como sociedade, não damos condições dignas para que a maioria das pessoas exerçam sua importante missão. Deixamos de servir ao próximo, por nos importamos mais conosco. Hoje neste dia, especial, dia das mães, lembramos quantas vezes magoamos e desrespeitamos nossas mães. Com toda essa culpa, rogamos, por amor de teu filho Jesus Cristo: Perdoa os nossos pecados e nos ajuda para nadarmos por caminhos que nos permitam cumprir a tua vontade. Por isso, pedimos te cantado: Perdão, Senhor, Perdão.
Absolvição: Em Isaias 66. 13 diz: “Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei; e em Jerusalém vos sereis consolados” Portanto, quem confessa e se arrepende, alegre-se. Seus pecados são perdoados em nome de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Assim louvemos nosso Deus que é Pai e Mãe cantando:
Hino 138. Louvemos todos juntos o nome do Senhor. (2X)

Kyrie: O amor de Deus transforma a nossa vida. Somos chamados a servir amar e orar uns pelos outros. Assim, pedimos Pai Amado, por aquela que hoje não pode estar junto a seus filhos e filhas. Te pedimos, ó Senhor, por aquela mãe e filhos que não conseguem se entender, para que se reconciliem. Por isso, pedimos cantando: Tem Senhor piedade.
Te pedimos, Senhor, que através da reconciliação este mundo possa valorizar mais o amor existente entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs, entre amigos e amigas, entre as famílias. Por isso, te pedimos cantando: Tem Senhor piedade.
Oração do dia:
Costura: Queremos nos preparara para ouvir as leituras bíblicas e também logo após ouvir a pregação. Assim, busquemos a Deus em oração.
Querido e Amado Deus! Agradecemos por este dia maravilhoso que nos reunimos nesta casa para lembrar este dia especial. Somos-te gratos pela reconciliação que ocorre entre pais e filhos e filhas. Ajuda-nos a sermos tementes e reconciliadores uns para com os outros. Não permita Pai amado que sejamos meros ouvintes da tua palavra. Abra nossos ouvidos, nossa mente e o nosso coração, a fim de que a tua palavra seja a luz que conduz e dirige o nosso viver. Amém
Jesus Cristo disse: “Não só de pão vive o ser humano, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4.4) Louvado seja Deus por sua palavra que vem a nós.
Hino: 190. Palavra não foi feita para dividir ninguém.

Liturgia da Palavra:

Primeira leitura: 1 Reis 3. 16 -28.
Aclamemos as palavras do Santo Evangelho cantando aleluia.
Evangelho de Lucas 24. 13-35

Pregação:
Prezada Comunidade! Estimados irmãos e irmãs em Cristo. Em nossa vida também temos momentos em que estamos frustrados, tristes desanimados. E não foi diferente com os discípulos do relato bíblica que nós acabamos de ouvir, eles andavam no caminho de cabeça baixa, tristes e frustrados. Estavam assim, porque o grande amigo estava morto. A morte de Jesus significou para eles o fim de uma proposta de sociedade diferente e de uma vida nova. Esse motivo envolveu os discípulos numa profunda tristeza, tanto que nem perceberam que há uma certa altura o próprio Jesus caminhava ao lado deles.
Conosco muitas vezes acontece algo idêntico. Por problemas e dificuldades pessoais, familiares, profissionais e de relacionamento só enxergamos o negativo; os sinais de morte. Iguais aos discípulos, temos dificuldades em ver os sinais de vida. E neste processo de dor e tristeza, Jesus usa uma pedagogia muito interessante. Ele caminha e escuta atentamente a cada palavra dita. Com isso, Jesus cria um clima de confiança e coloca-se em pé de igualdade, que é um falar com, que já não é mais um falar a alguém.
Jesus não fica só no ouvir e no perguntar. Chega um momento em que precisa clarear as coisas. Jesus não faz uma chuva de versículos, mas relembra a história de Deus com o seu povo no passar dos anos, de Moisés e os profetas. Mas os discípulos só conseguem reconhecer Jesus no partir do pão, e daí Jesus desaparece diante deles.
Caminhar com as pessoas na aflição de suas vidas, é uma das tarefas mais diaconais que uma comunidade de Cristo afirma e assume. Essa não é uma tarefa fácil, ainda mais pensando na vida corrida e agitada que temos. No entanto, há muita gente esperando por acompanhamento. Há gente esperando por alguém que caminhe junto, assim como Jesus caminhou com os seus discípulos. Mas por outro lado, temos a dificuldade enorme de entrar na casa ou ficar com a pessoa.
Caminhar com alguém significa caminhar no passo da outra pessoa, no seu ritmo. É ajudar a carregar a carga por um determinado trecho. Mas principalmente caminhar com alguém e reconhecer que a caminhada pertence a outra pessoa. Somos testemunhas do seu processo, do seu esforço e da sua dor. A outra pessoa precisa ter a certeza de que confiamos nela e que mesmo quando sentir-se totalmente sem esperança, nós continuamos confiando que Deus esta carregando no colo e acalentando a sua vida com muito amor.
Mas acompanhar tem limites! Isso fica bem claro quando Jesus assume uma postura de ajudar aquelas pessoas no caminho a enxergarem e reconhecerem o que de fato aconteceu. Há momentos em que as pessoas precisam e reconhecem o que aconteceu. Há momentos em que pessoas precisam ser confrontadas com as consequências de seus atos. Há momentos em que outras pessoas precisam tomar decisões por quem já não tem mais esperança, e na nossa vida temos inúmeras situações onde temos que intervir para o bem de muitas pessoas.
No texto também acontece algo muito importante: a sabedoria de confiar na capacidade da pessoa em continuar caminhando sozinha. A exemplo, do “desaparecer” de Cristo. Chega uma hora que também temos que seguir outros caminhos, “desaparecer”. Isto é difícil, porque nos somos seres relacionais e criamos laços profundos com as pessoas com as quais queremos o bem.
A exemplo desse amor e desse cuidado: Gostaria de me dirigir as mães. O que é ser mãe senão um caminhar ao lado das pessoas que nascem, que se descobrem gente e aos poucos vão escapando das nossas mãos? Ser mãe é assumir a tarefa de permitir que uma nova pessoa viva, cresça, descubra suas habilidades, suas fraquezas. Ser mãe é acompanhar mas, também saber “desaparecer” para que os filhos aprendam a viver e assumir responsabilidades.
Ser mãe é um trabalho diaconal. Acompanhar nossos filhos/as no seu processo de conhecimento do mundo não é tarefa fácil. Nosso impulso é sempre dizer o que tem que ser feito, como devem agir e também como e em quem acreditar.
É difícil caminhar ao lado. É difícil ouvir as dores e as queixas sem julgar ou repreender. Afinal, somos pessoas mais vividas e não queremos que nossos filhos sofram. Assim como Deus não quer que seus filhos sofram. Mas no texto de Lucas Jesus nos ensina algo muito precioso. Jesus não tirou as pessoas de sua dor, nem fez promessas nem pediu que pensassem no lado bom das coisas. Jesus não empurrou a responsabilidade para Deus como tanto ouvimos em casos de tragédias: “Foi Deus que quis assim”. Jesus ouviu, relembrou as escrituras, mas não repreendeu as pessoas por seus sentimentos. Mas ao contrário, Jesus caminhou ao lado das pessoas, lembrou-vos que isso que tinha acontecido com o Mestre era necessário para que se cumprisse a missão e no partir do pão: os discípulos também creram que Jesus havia ressuscitado.
Para nós que somos mães, isso também é um lembrete e um ensinamento. Não basta apenas apontar os erros ou relembrar sempre de novo atitudes irresponsáveis. Mais do que isso, importa repartir momentos importantes: refeições conjuntas, cheiro de pão fresco na casa. Porque hoje muitas mães assumem uma tripla função, onde é quase impossível sentir o cheiro de pão fresco na casa.
Prezada comunidade! Prezada mães! Podemos caminhar sozinhas ou permitir que outras pessoas caminhem ao nosso lado. Podemos convidar pessoas e partilhar a nossa vida, com as suas dores e alegrias, ou podemos fechar a nossa porta. Podemos repartir o pão, ouvir histórias dos nossos filhos e filhas, dos nossos irmãos e irmãs, nossas mães e pais, vizinhos e vizinhas, companheiras e companheiros, ou podemos comer pão na solidão. Podemos experimentar a graça e a presença de Cristo no meio de nós ou empurrá-lo para longe. Nós temos escolhas. Nem sempre são fáceis. Mas não são impossíveis. Lembrem-se sempre: Quando vos arde o coração é porque Cristo está andando ao teu lado e quer vos ajudar a superar toda a dificuldade. Que possamos nos permitir reconhecer Jesus. Que Cristo no ajude. Amém.
A palavra de Deus lida, ouvida e interpretada precisa ser vivida no nosso dia-a-dia ali onde estivermos, mas ela também precisa ser confessada. Por isso, nos coloquemos de pé e confessemos em conjunto a nossa fé com as palavras do Credo Apostólico: Confissão de Fé.

Avisos:
Hino de Coleta: 220. Toda a paz que o coração deseja.

Oração de Intercessão: Senhor, agradecemos por este momento de culto que podemos ter uns com os outros, como irmãos e irmãs na fé. Agradecemos a ti também por podermos buscar o alimento para a nossa fé e assim buscar novas forças e semear a semente que tu coloca em nosso caminho.
Pedimos-te, também Pai, pelo nosso país que sofre tantas injustiças e existe tanta violência. Pessoas inocentes que sofrem perseguição e tantas outras pessoas que perdem suas vidas. Nos te pedimos o Pai derrama o seu Santo Espirito sobre a cada pessoa e as ilumina.
Também ó Pai colocamos em oração todas as comunidades que passam por dificuldades. Pessoas que estão longe das Igrejas. Se Tu com essas comunidades, iluminando no caminho da sabedoria.
Esteja com as pessoas doentes, restabelecendo novamente a sua saúde. Em especial esteja com as pessoas enlutadas, que sofrem pelo seu ente querido, consolando e dando forças para continuar suas vidas.
Agradecemos pela paciência que as mães tinham e têm conosco. Agradecemos pela proteção, o amor e a compreensão. Queremos também interceder: pelas mães que sofrem por causa de seus filhos e filhas doentes, deficientes, pelas mães que não puderem ter seus (suas) próprios (as) filhos/as, pelas mães que são exploradas pelos/as filhos/as incompreensíveis, pelas mães exploradas no trabalho do lar, da roça e em todos os lugares, pelas mães que lutam pelo pão, por vida digna e justa, oramos pelas mães sem paciência, sem compreensão, doentes, abandonadas.
Intercedemos pelos pais que repartem as tarefas da casa com as mães, que com elas repartem a responsabilidade pela educação e cuidados dos/as filhos/as, pelo amor e outros mais.
Pedimos especialmente por esta comunidade (ou Ponto de Pregação), por todas as pessoas aqui. E tudo mais te pedimos, orando juntos a oração que teu filho Jesus Cristo nos ensinou a orar. Pai Nosso.

Benção e Envio: Que a benção de Deus, que nos ama como uma mãe e um pai, do seu Filho Jesus, que teve a companhia de Sua mãe em todos os momentos marcantes de Sua missão, e a força do Espírito Santo que dá coragem, força e fé, esteja com cada um e cada uma de vocês! Assim vos abençoe o Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Idem, pois na paz do Senhor e o sirvam com alegria. E damos graças a Deus por tudo que Ele tão bondosamente nos concede. Amém

Hino: 147. Graças dou por minha mãe.
Graças dou por minha mãe, pela vida que levou.
Graças por lições preciosa que ela, humilde, me ensinou.
Graças por toda a ternura com que sempre me tratou
E também pelo castigo que, em amor, me aplicou.

Graças dou por seus cabelos que o tempo branqueou
E também seu rosto amado que a idade enrugou
Graças dou por sua mão que alegre acariciou
Pelo corpo que, bondoso, me gerou e amamentou.

Graças dou por sua voz que me fez adormecer.
E por tudo eu quero sempre me lembrar e agradecer.
Graças dou por sua ausência de meus olhos, minha mãe,
Quando, então, sua presença sinto em meu coração.
 


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Autor(a): Pa. Ivanda Keller Schreiber
Âmbito: IECLB / Sinodo: Amazônia
Área: Missão / Nível: Missão - Família
Título da publicação: Caderno de Estudos para Mulheres/OASE - 2014-2015 / Ano: 2014
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 26519
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Que cada um dê a sua oferta conforme resolveu no seu coração.
2Coríntios 9.7
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