“A Reforma de Martin Lutero foi uma bênção para toda Igreja”, afirmou do Padre Jesuíta Dr. Attílio Hartmann, no início da Celebração de Encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em Porto Alegre, no Domingo de Pentecostes.
Ele lembrou que o Papa Francisco acolheu em sua residência os presidentes de Israel, Shimon Perez, e da Palestina, Mahmoud Abbas, para juntos orarem pela paz. Paz somente será possível pelo perdão ativo que leva ao amor solidário que promove a cultura do encontro.
“Somente o perdão ativo leva ao amor solidário... somente o amor solidário leva à cultura do encontro” foi o foco da mensagem do padre Attílio Hartmann. Ele fez vibrar os corações ecumênicos no templo da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana São Lucas.
Perdão ativo não é feito só de palavras e gestos, mas através de uma atitude de abertura ao diferente, uma escuta respeitosa e acolhida fraterna.
Amor solidário é o amor comprometido com o outro diferente. É o amor de Deus que nos ama em nossa diversidade, tornando-nos uma só família pela fé.
Cultura do Encontro acontece onde se vive o perdão ativo e o amor solidário. Nos muitos desencontros da vida, o reencontro é sempre uma feliz possibilidade para que nosso planeta e a humanidade tenham futuro. O Papa Francisco sugere alguns passos para esta cultura do encontro: capacidade de fazer silêncio para escutar, paciência para compreender quem é diferente de nós e o apreço aos grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como a visão do ser humano como pessoa, o matrimônio e a família.
Mesmo num mundo de tanta violência e desrespeito aos direitos humanos, existe na humanidade uma reserva de bondade e um imenso potencial para pensar e agir de forma diferente, pois Deus nos fez para a vida e a felicidade, nos criou para a salvação.
Assim podemos sonhar com uma igreja a caminho da unidade, mesmo na diversidade. Assim reluz a esperança do brilho do Reino de Deus que já vivemos e que ansiamos! Assim chegamos mais perto do sonho/projeto de Jesus: “a fim de que todos sejam um“ (João 17.21 a).
