Brusque (SC) - O Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) participou, de 19 a 23 de outubro, junto com o Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN) e a Fundação Luterana de Diaconia (FLD), do XXX Concílio da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), na Paróquia Bom Pastor, Sínodo Vale do Itajaí, em Brusque. Realizado a cada dois anos, o concílio é o órgão deliberativo máximo da IECLB. Esse ano, seu tema foi Por uma Comunidade Missional – agora são outros 500, em sintonia com a temática Missão e o Tema do Ano da Igreja para 2017, quando serão celebrados os 500 anos da Reforma.
No dia 22 de outubro, foram apresentados às e aos conciliares o Consórcio CAPA, suas atividades, áreas de abrangência e a campanha Comida Boa na Mesa, com o vídeo e música tema. As e os participantes do encontro receberam um vídeo e adesivos da campanha, um exempla do jornal Recado da Terra e um exemplar da publicação Princípios para montar uma farmácia caseira.
A Campanha Comida Boa na Mesa é uma reflexão sobre o acesso a uma alimentação saudável, onde o alimento não é uma mercadoria, daí a importância do fortalecimento da produção local, agroecológica e familiar.
Comer é um ato político. Comida boa, comida de verdade precisa reconhecer o protagonismo das mulheres e respeitar os princípios da integralidade, universalidade e equidade; é livre de agrotóxicos, de transgênicos, de fertilizantes, de todos os tipos de contaminantes; protege o patrimônio cultural e genético; promove saúde e paz entre os povos; e garante a soberania e segurança alimentar e nutricional.
O Consórcio CAPA estava representado pela coordenadora do Núcleo Erexim, Ingrid Margarete Giesel, e pelo coordenador do núcleo de Santa Cruz do Sul, Sighard Hermany, que estiveram acompanhados pela engenheira agrônoma Daiane de Mattos Taborda, da equipe técnica de Erexim.
Durante os dias do concílio, foram expostos produtos da Cooperfas, Cooperbiorga e Ecovale e de grupos e associações que recebem assessoria do CAPA – arroz, feijão preto, feijão adzuki, açúcar mascavo, mel, melado, erva-mate, gergelim, linhaça, farinha de trigo, farinha de milho, canjica, óleo de linhaça, bolachas, tinturas, xaropes, pomadas – e o artesanato das comunidades quilombolas: bonecas, colares, cestinhos, tapetes –.
Também foram expostos e comercializados produtos do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte), que prevê a comercialização dos produtos de redes, cooperativas e associações dos agricultores familiares.