Cadê o bicho? Cerca de duas décadas atrás, após qualquer viagem de carro, o para-brisa se enchia de insetos atropelados pelo caminho. A limpeza nem sempre era fácil. Hoje, o vidro pode ficar machado de fuligem ou respingo de barro, mas sem insetos. Nada de nada. À primeira vista, o motorista até fica feliz por ter mais visibilidade e menos trabalho. Contudo, se começar a refletir sobre a razão, a conversa muda de tom. É mais uma evidência do rápido declínio da população de insetos em todo o mundo, não apenas no Brasil. Alguns cientistas já definiram o fenômeno como o apocalipse dos insetos. Com cerca de 30 milhões de espécies, os insetos não são apenas pragas que nos incomodam como baratas, maruins, pernilongos e borrachudos. Eles são cruciais ao suprimento de alimentos por causa da polinização. Um mundo sem insetos é um mundo em perigo. Mas, parece que não prestamos muita atenção. De maneira sensata e cristã, não podemos esquecer da ordem: “Guardar e cultivar” (Gênesis 2.15), que vale também aos insetos.
De 2020, “A Arte e o Criador” com Dan & Janaína.