Brasa viva

03/07/2012

No primeiro domingo após Pentecostes o texto indicado, do livro do profeta Isaías 6.1-8, me chamou atenção. A brasa, usada num gesto simbólico de preparação para a missão do profeta, insistia por atenção até que me ative a pensar e a escrever algumas palavras a seu respeito.

A brasa foi tirada no altar de Deus, lugar onde Deus habita. O fogo representava o poder infinito e a presença eterna de Deus no tempo do Antigo Testamento. O fogo do altar era mantido dia e noite acesso e dali se retirava fogo para os holocaustos. Os lábios de Isaías foram tocados com uma brasa viva retirada deste altar. Brasa esta, que permaneceu ardendo não nos lábios, mas no coração do profeta que diante do chamado de Deus respondeu: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

Ora, uma brasa não é o fogo propriamente dito, mas é a mantenedora do calor que permite a chama queimar. Mesmo quando há somente fumaça e nenhuma chama brilha mais, a brasa ainda pode reacender. Basta um sopro, um vento e logo as faíscas anunciam que há calor nas brasas e a chama surge novamente.

Deus, em todos os tempos, convida seus filhos e filhas para sua obra. No Batismo uma brasa viva é colocada em nosso coração. Deus nos chama a servir, aquece nosso coração com seu amor! A brasa que está em nós necessita manter o seu calor. Na proximidade uns com os outros nós cuidamos do fogo – fé que nos mantém. Juntas as brasas iluminam a noite, protegem de perigos e aquecem no frio. Durante o dia as brasas sustentam vidas cozinhando o alimento. Quando começam a apagar e perder calor elas soltam fumaça e sinalizam que estão precisando de vento, de mais brasas, de ajuda para manter o calor.

Quando a brasa ou as brasas perderem o calor e o vermelho da vida, precisam do sopro do Santo Espírito de Deus para que novas faíscas dancem por entre as brasas e o fogo ressurja. Enquanto a brasa arder em nosso coração, estaremos dispostos a servir e a responder o chamado de Deus assim como fez o profeta Isaías: “Sim, estou aqui, eu vou!” Mantenhamos a brasa de nossa fé acessa na comunhão com irmãos e irmã sempre dispostos a servir. Deixemos que o sopro do Espírito Santo renove nossas vidas e faça arder nosso coração hoje e sempre. Amém.
 


Autor(a): Luane Mara Kertzendorff
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 15340
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1João 1.5
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