“Eles ouviram dizer que você ensina os judeus que moram em outros países a abandonarem a Lei, dizendo a eles que não circuncidem os seus filhos, nem respeitem os costumes dos judeus” (v.21).
Você já sofreu algum tipo de boato? Ou, pior, alguém já usou suas palavras, distorcendo-as para caluniá-lo?
Pessoas “ouviram dizer” que o apóstolo Paulo ensinava a todos os judeus da diáspora a não cumprirem a lei, deixando de circuncidar seus filhos. A acusação não passava de boato e de distorção da verdade. O que ele ensinou foi o centro do Evangelho, a saber, que aqueles que crêem em Cristo não são salvos porque cumprem a lei, mas pela graça de Deus, mediante a fé em Cristo, e que, por conseguinte, não se deve impor a circuncisão aos gentios-cristãos.
Em síntese: há um total desencontro entre Paulo e a Igreja de Jerusalém. O que interessava aos presbíteros da cidade santa não era o relatório do apóstolo quanto ao sucesso do seu ministério entre os não-judeus. Interessaram-se tão-somente pela distorção da verdade da qual “milhares” de judeus-cristãos ouviram falar. Além disso, eles preferiram supervalorizar a lei em detrimento da graça de Deus.
Boatos sempre são negativos e podem causar muitos estragos e conflitos, minando a comunhão e provocando desavenças. Por isso vale o alerta: tomemos cuidado com boatos, venham de onde vierem, da mídia, da escola, da vizinhança, da Igreja... Avaliemos sempre criteriosamente as informações que nos são passadas, e que Deus nos ajude a ficarmos sempre ao lado da verdade.
Oração: Misericordioso Deus, afasta de nós os boatos, as mentiras e as falsas acusações. Dá-nos sabedoria para discernirmos o que, de fato, é o centro da mensagem evangélica: a salvação por graça e fé. Amém.