Dia 29 de maio foi uma data especial no calendário eclesiástico do cristianismo. Dia de ASCENSÃO de nosso Senhor Jesus Cristo. A data não é mais celebrada com feriado, como outrora pelos cristãos. Nem mesmo os principais jornais do país fazem alguma referência a este dia. Vitrines de lojas também não. Com certeza, uma data esquecida, por que não é motivadora de nenhum tipo de consumo. Nada se compra e nada se vende motivado pela “subida de Jesus ao Céu”. Talvez ai percebe-se porque outras datas do calendário religioso sejam tão lembradas.
A partir do nascimento de Jesus temos o Natal. Como esquecer do natal, se as propagandas já iniciam na segunda quinzena de outubro? Toda a força comercial e de consumo tem seu ápice nesta festa “religiosa”, transformada, aproveitada e reduzida uma Festa do Consumo. Nossa geração está sendo induzida a festejar por festejar.
A sexta-feira da paixão de Cristo, talvez ainda seja o dia em que os brasileiros mais se lembrem do nome de Jesus. Mas não faltam os que se ocupem com os preparativos da malhação de um boneco de pano, com nome de Judas. Os supersticiosos saem em busca de chás em beira de estrada, crendo que colhido em manhã de sexta-feira santa, terá mais efeito que na quinta ou no sábado. Além disso, a exagerada preocupação com o prato do dia, movimentam o comercio de peixes. Os fartos pratos da iguaria, cheirosos, apetitosos e deliciosos, aliados a um feriado pra se comer algo diferente, até faz esquecer do valor do Jejum ou do culto da Comunidade. Não dá tempo.
Na páscoa, temos mais uma dessas festas de alto consumo. E o povo que não faz contas, não percebe que paga 7 a 8 vezes mais pelo chocolate em forma de ovo. O clima de festa tem o poder de fazer o consumidor fechar “um olho”, e as vezes até “os dois”. A mente fica tão ocupada com a agenda de “comida e bebida”, que a reflexão a respeito do grande significado da ressurreição do Senhor como sentido último de nossa existência a partir da fé, passa batido.
Depois das três primeiras celebrações cristãs, chegamos a Ascensão do Senhor. Por quarenta dias, Jesus apareceu corporalmente ressuscitado, em vários lugares e pessoas. Numa ocasião, mais de 500 pessoas o viram. Os discípulos até pensavam que ele havia ressuscitado para ficar, e finalmente restaurar o reino a Israel, que na época era dominado pelo império Romano. Mas Jesus ascendeu (subiu) ao céu.
Naquele dia Jesus pediu que os discípulos permanecessem em Jerusalém e aguardassem o Batismo do Espírito Santo, o consolador que lhes daria poder. E os incumbe da missão de evangelizar o mundo, ensinar, fazer discípulos e batizar.
A Ascensão de Jesus sublinha sua “natureza divina”. Ele não é deste mundo. Não veio daqui. Ele veio de Deus. Ele é o Filho Unigênito do Pai. Nasceu da virgem Maria. Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao mundo dos mortos, ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, e está assentado à direita de Deus Pai, Todo poderoso, de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
A ascensão do Senhor aponta para a futura esperança e exaltação da humanidade que o aguarda com fé. Até a sua volta, a missão dos discípulos também é nossa. Pregar o Evangelho de Jesus Cristo para a SALVAÇÃO de todo aquele que crê.
Aos que crêem, missão e evangelização não é opção. Mas compromisso de amor ao próximo, compromisso de fé cristã e resposta a ordem de Cristo, cuja toda a autoridade foi dada por Deus, no céu e na terra (Mt 28:18). Leia Atos 1:1-11.
Feliz Dia da Ascensão de nosso Senhor!
