As mulheres que nos evangelizam.

03/11/2015

E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro; e muitos ricos deitavam muito.Vindo, porém, uma pobre viúva, deitou duas pequenas moedas, que valiam meio centavo.E, chamando os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deitou mais do que todos os que deitaram na arca do tesouro;Porque todos ali deitaram do que lhes sobejava, mas esta, da sua pobreza, deitou tudo o que tinha, todo o seu sustento. (Mateus 12.41-44)

A viúva do evangelho de hoje simboliza aquelas pessoas que entraram na dinâmica de Jesus, e que estão dispostas a dar, a dar-se, a entregar-se com o que têm pela causa do reino de Deus. Existem muitas pessoas assim na IECLB, em sua grande maioria são as mulheres, que dedicam tempo desinteressadamente na igreja e nos projetos sociais. Elas nos evangelizam com sua generosidade. Essas pessoas atraem nossa atenção como aquela viúva atraiu a atenção de Jesus.

Nesses dias que nos lembramos da vida de pessoas que inspiraram as nossas vidas, quero lembrar da diaconisa Doraci Edinger. Irmã Doraci nasceu em 23 de maio de 1950. Quando jovem, trabalhou em fábrica de calçados em Novo Hamburgo (RS). Veio para a Casa Matriz em Sâo Leopoldo nos inícios de 1978 e foi ordenada em 29 de julho de 1990.Estudou Diaconia no Seminário Bíblico-Diaconal. Integrou a Irmandade Luterana. Seu desejo era servir aos pobres e necessitados, por isso cursou o Auxiliar de Enfermagem e fez curso na área da medicina Natural.. Trabalhou na Rondônia no início da colonização desse estado, depois atuou junto a indígenas. Por fim, atendeu ao chamado da IECLB para trabalhar em Moçambique, na África.

Ela vivia numa sintonia e dependência muito grande de Deus. Seu trabalho lá foi muito abençoado. Centenas de pessoas conheceram o amor de Deus através dela e deixaram-se batizar. A Igreja Luterana cresceu muito nos seis anos em que Doraci trabalhou em Moçambique.

Contudo, desde os primeiros anos de sua atuação naquele país, era ameaçada de morte. A direção da IECLB e da Irmandade sabiam dessa ameaça, mas quando se pedia para ela retornar ao Brasil, ela perguntava: “E quem será enviado para continuar o trabalho aqui? Esse povo não merece ser abandonado novamente”.

Doraci permaneceu fiel, servindo às comunidades de Moçambique até quase completar o segundo período de permanência lá, quando foi brutalmente assassinada em Nampula (Moçambique) no dia 21 de fevereiro de 2004, pouco antes dela retornar efetivamente ao Brasil.

Doraci ainda é lembrada com muito carinho pelas pessoas de Moma, de Moçambique com quem ela trabalhou. Pedimos que Deus dê a nós e às pessoas que abnegadamente trabalham em favor da paz e do testemunho do evangelho de Jesus Cristo: forças, coragem e muita alegria na vivência do seu amor. Ao lembrar de sua história e que também ela foi capaz de dar tudo o que ela tinha, queremos pedir a Deus que – apesar de todas as dificuldades – desperte em cada um(a) de nós a disposição para servir. Amém.
 


Autor(a): P. Nilton Giese
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Missão / Nível: Missão - Mulheres
Área: Missão / Nível: Missão - Diaconia
Área: Ministério / Nível: Ministério com Ordenação
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 35639
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