Aquilo que uma pessoa plantar, é isso mesmo que colherá.
(Gálatas 6.7)
Colher é o resultado do plantar. Pode acontecer que alguém plante, mas que, por diversas circunstâncias, não venha a colher. Porém, jamais se poderá colher se não plantar. E é no semear que se decide o que se colherá.
Esta pequenina e simples regra da agricultura contém um ensinamento fabuloso a respeito da nossa vida; daquilo que nós fazemos, falamos e ensinamos. É na nossa maneira de agir e ser que vamos semeando aquilo que também haveremos de colher.
Nós desejamos que as pessoas nos considerem, nos respeitem, nos amem. Desejamos que haja muita paz e harmonia entre nós. Desejamos que nossos filhos e filhas sejam felizes e tenham bons critérios para tomarem suas decisões. Desejamos um mundo mais justo e mais fraterno. Desejamos uma Comunidade mais acolhedora e solidária. Desejamos...
Estão aí frutos que gostaríamos de colher e, de fato, seria muito bom. Mas só há uma maneira de colhê-los: não nos cansarmos de semear, dia a dia, palavras e gestos que possam produzir esses resultados. E não adianta só falar, é preciso fazer. É preciso arar a terra, ainda que com sacrifício, e ali colocar boas sementes. De nada adianta querermos colher amor, se ficarmos apenas na intenção, ou simplesmente esperando que os outros o semeiem. Se queremos que nossos filhos andem por bons caminhos, precisamos, nós mesmos, segui-los.
Mas o semear e colher também tem problemas: existem muitas sementes ruins entre as boas que queremos semear; nos mesmos corações em que colocamos boas sementes, outros semeiam inço; muitas coisas acabam sufocando e matando as sementes que poderiam dar bons resultados. O que fazer?
Perseverar e orar muito: 1) para que Deus nos dê bons pensamentos e boas palavras. 2) para que ele nos dê paciência e confiança. 3) para que ele nos dê força e coragem para suportarmos também o inço. Mas um detalhe é fundamental: todo o processo de nossas vidas, da semeadura à colheita, está nas mãos de Deus. Através de nós, ele mesmo vai agindo e transformando realidades. Que ele nos ajude a sermos bons sementeiros.
P. Mauri Kappel
