A nova capela ficou linda. As pessoas vinham de longe para admirá-la. Entravam e sentiam-se em paz. Oravam e admiravam os detalhes daquela obra harmoniosa. Bem no alto, no madeiramento do telhado, um pequeno prego à tudo assistia. Ele ouvia as pessoas elogiando todas as partes da encantadora estrutura: Vejam que bancos confortáveis. Os vitrais apontam ao Evangelho. A cruz é uma obra de arte... Mas, o prego... Ninguém reparava, nem dava valor. Sequer sabiam que estava lá. Ele ficou irritado e com ciúmes. Disse: Bom! Se sou tão insignificante, ninguém sentirá minha falta! Então, o prego desistiu de sua vida, deixou de juntar duas ripas. Ele foi deslizando, deslizando... Até cair ao chão. De onde foi varrido. Acabou no canteiro de flores. Naquela noite choveu... Choveu muito. Logo, onde outrora estava o prego, o telhado cedeu, separando as telhas... Uma pequena, insignificante fresta. Todavia, por ali a água escorreu pelas paredes. Pingou sobre a cruz, que respingou sobre a Bíblia, manchando-a. Dentro de semana, ela estava arruinada pela água. Tudo isto porque um pequeno prego desistira de seu trabalho! E, o prego? Ao segurar o madeiramento do telhado, não era visto. Mas, era útil. Agora, no canteiro, enterrado na lama, ficou ainda mais escondido. Aliás, se tornara completamente inútil. Acabaram-se seus dias corroído pela ferrugem. Leia Romanos 12.1, onde o apóstolo Paulo nos desafia a servir a Deus de forma racional. Não importa qual é o nosso chamado. Na obra de Deus todos são igualmente importantes e necessários.