Estamos iniciando um novo ano. Como será ele? Podemos dizer que ele está diante de nós como um livro fechado que vai se abrindo lentamente, página por página.
A mídia apresenta adivinhos e prognosticadores para nos dizer como será 2009. Mesmo que em suas previsões acertem uma ou outra coisa, suas previsões não são confiáveis; há um provérbio que diz: “galinha cega no seu picar também acha um e outro grão”.
Como cristãos sabemos, ou deveríamos saber, que a vida não é dirigida por um destino cego, mas pela graciosa mão de Deus. Feliz é a pessoa que se sabe amparada por Deus e que pode confessar como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15).
Após a conquista da terra prometida, o povo de Israel vivia um tempo de paz e prosperidade na terra e nas cidades que o Senhor Deus lhes havia dado.
Agora já idoso, Josué convocou uma reunião para a cidade de Siquém. Todos os anciãos (conselheiros, juizes e oficiais) e o povo se reuniram ali. Em seu discurso, ele faz uma retrospectiva; ele não fala de si, de suas realizações como é muito comum em nossos dias, nos quais as pessoas destacam as suas realizações. Josué ao contrário, vê a realização do projeto de Deus de conduzir o povo à terra prometida.
A tarefa foi árdua. Muitas orações, noites de insônia, planejamento e lutas. Em meio às vitórias houve também fracassos, esforço ao extremo, como naquele dia em que ele pediu que Deus parasse o sol para que pudessem concluir a obra (Josué 10.12).
Josué lembra ao povo detalhes dessa graciosa ação de Deus. Ele os lembra de como Deus chamou Abraão da cidade de Ur da Caldéia e de como Abraão creu nas promessas de Deus. Ele lembra de como Deus libertou o povo da escravidão do Egito, de como Deus lhes falou no monte Sinai; como Deus os guiou e alimentou no deserto e de como Deus os introduziu nesta terra fértil. Mas a obra de Deus ainda não estava terminada, ainda havia inimigos a serem vencidos, mas confiando na presença de Deus, eles continuariam a sua caminhada.
Cabe também a nós, no final de mais um ano, parar e recordar as bênçãos de Deus; agradecer e louvar a Deus. Sem dúvida, houve também dificuldades, dias com preocupação, noites de insônia, tristezas e alegrias; mas em meio a tudo isso, a graça de Deus nos amparou e fortaleceu. Assim também somos chamados a renovar o nosso compromisso de fidelidade a Deus ao entrarmos no novo ano.
Josué exortou os líderes e o povo estimulando-os a se consagrarem a Deus. Ele disse: “Agora, pois, temei a Deus, e servi-o com integridade e com fidelidade” (Js 24.14). Ele os exortou à permanecerem fiéis a Deus, pois a tentação de abandonar a Deus e seguir falsos deuses era grande, pois os povos vizinhos adoravam ídolos feitos por mãos humanas e não poucas vezes houve a tentativa de introduzir seus ídolos em meio ao povo de Israel.
Não se pode forçar ninguém a crer, amar e servir a Deus. Mas Josué coloca o povo diante de uma decisão: “Escolhei hoje a quem quereis servir”. Ele mesmo já tomou a decisão. Por isso ele diz: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15), e o povo responde: “O Senhor é nosso Deus. Nós também serviremos ao Senhor” (Js 24.16-18). Esta foi uma resposta sábia; deve ter sido uma grande aclamação do povo.
Para nós a tentação também é real de abandonar a Deus e seguir ídolos. Algumas pessoas se dizem decepcionadas com Deus e correm atrás de outros deuses aos quais podem ordenar que cumprem todos os seus desejos. Por isso a pergunta que Josué fez ao povo também se coloca diante de nós: “Escolhei a quem quereis servir”.
Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Diante de todos os líderes e do povo, Josué faz a sua confissão pessoal. Ele confessou: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
O que significam estas palavras? O servir de coração, como nos mostram os salmos, começa com a busca por Deus ao levantar de manhã e ao deitar à noite (Dt 6.6-8; Sl 5.3).
Por isso, ao entrarmos neste novo ano queremos fazê-lo com gratidão e fé, suplicando que Deus nos guie e abençoe, e que, a sua palavra, seja lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119.105).
Eu também sou parte e membro dessa congregação, coparticipante e codesfrutante de todos os bens que possui. Pelo Espírito, a ela fui levado e incorporado, pelo fato de haver ouvido e ainda ouvir a Palavra de Deus, que é o princípio para nela se entrar.
