A título de introdução, podemos discutir, em grupos de três a quatro pessoas, as seguintes perguntas: - que tipos de amor existem? - dá para exigir amor? - quando, onde e de que forma se combinam leis e amor?
Após conversar sobre essas perguntas, faz-se a leitura do lema do mês de janeiro de 2010: “Amarás ,pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força” (Deuteronômio 6.5).
Esse é o lema para o primeiro mês do ano de 2010. Isso significa um programa e tanto. Em meio a tantos amores que temos, aparece essa palavra. Percebi em automóveis um adesivo com o slogam: “Amo minha família”. Certamente a pessoa que o formulou vete boas experiências com seus entes queridos ou, ao menos, queria expressar: “além de tudo, amo a minha família!”. Mas agora: “Amarás, pois o Senhor teu Deus!”.
Por que no meio desse mandamento, que soa tão radical, está a palavra “pois”? A resposta é: a lembrança do carinho, do cuidado que Deus tantas vezes havia demonstrado ao povo de Israel. Chamo-os sempre de volta dos caminhos errados, dos deuses falsos; deu-lhes os Dez Mandamentos para seguir numa sociedade mais harmoniosa. Então vem o mandamento principal: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração”. Deus fala ao povo inteiro, mas se torna bem pessoal dizendo “teu” Deus, teu coração, tua alma e tua força. É para cada um e cada uma de modo especial, é e sempre será o amor pleno, completo, sem restrições, ou tudo ou nada! Também em nosso dia-a-dia, entre namorados, não se pode amar com a metade do coração. Em alemão existem esta expressão “halbherzig” - com meio coração.
O amor de Deus deve ser completo. Deus exige um amor incondicional! Isso implica entrega e dedicação integral! E é um texto maravilhoso para nós como OASE também. O “pois” vale igualmente em nosso caso. Deus nos amou primeiro, demonstrando o seu amor de tantas maneiras no dia-a-dia, mas, sobretudo, enviando seu filho Jesus como nosso Salvador.
No contexto de Deuteronômio 6, somos alertados para a tarefa de passar adiante esse amor de Deus, falando dele aos nossos filhos e netos, seja de dia ou de noite. Quando acordamos, podemos ler um trecho bíblico ou o devocionário Castelo Forte, por exemplo; e quando nos deitamos, fazer orações.
Muitas vezes, notamos que certa pessoa tem uma “irradiação” especial sem que possamos definir exatamente o que é, talvez amabilidade, bondade, pequenos gestos que cativam. “Amarás de todo o teu coração” significa uma coisa íntima e só nossa, “de toda a tua alma” dedicada e frágil. Mas, no momento em que falamos em “força”, pensamos já em algo mais potente, algo que derruba barreiras. Barreiras que talvez existam não só entre nós e Deus, mas também entre os próximos. Então esse “pois” referente ao povo de Israel também vale para nós.
Pensemos em nossa vida. Quantas vezes Deus, nosso Deus, nos tem demonstrado que se importa conosco! No Batismo fomos consagrados para ser seus filhos e filhas, que ele ama e sempre amará. Está presente em nossa vida diária, acompanha-nos em horas difíceis, de dúvidas e desespero. No Brasil, numa época, havia o slogam “Ame-o ou deixe-o”. Mas seria absurdo dizermos “ame-o ou deixe-o” referindo-nos a Deus. Se escolhêssemos deixá-lo, o prejuízo seria grande e doloroso. Melhor ficarmos com a primeira parte: “ame-o”, ou seja: “Amaras o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”.