Amar é Incluir

13/09/2022

Anunciar a boa nova incluindo todas as pessoas!

Queremos hoje trazer um tema que é muito importante para nossa vida social e comunitária. Nós temo pessoas que precisam ser incluídas e nós queremos hoje tratar sobre deficiência, e da inclusão de pessoas especiais na vida comunitária ….
Quero compartilhar, primeiramente, uma palavra bíblica que encontramos no Evangelho de Mateus 11.2-6

João Batista estava na cadeia e, quando ouviu falar do que Cristo fazia, mandou que alguns dos seus discípulos fossem perguntar a ele:
— O senhor é aquele que ia chegar ou devemos esperar outro?
Jesus respondeu:
— Voltem e contem a João o que vocês estão ouvindo e vendo. Digam a ele que os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e os pobres recebem o evangelho. E felizes são aqueles que não abandonam a sua fé em mim!

Queridos, queridas … Essas palavras lembram a história de Jesus e o cuidado que ele teve com as pessoas que ele encontrou no seu caminho de vida. Jesus nos ajuda a perceber o quanto nós temos dificuldades e criamos barreiras com aqueles/as que precisam ser cuidados ao nosso redor. Existe preconceito, discriminação e barreiras que nós criamos entre nós.
Acontece, que tanto no tempo de Jesus, quanto nos dias atuais, temos muitas barreiras que impedem as pessoas de participar, de se serem acolhidas pela sociedade. Essas barreiras vão desde o precon-ceito, a discriminação e até mesmo barreiras físicas, que denunciam o quanto nós não enxergamos aos que tem necessidades especiais.
Estamos aqui diante da Igreja e percebemos uma calçada que não é adequada para pessoas cadei-rantes.
Mas, antes que julguemos, vamos ver agora quanto a nossa Comunidade Evangélica de Palmitos já investiu em acessibilidade e inclusão:
Nossa comunidade há tempo tem se dedicado a eliminar as barreiras por isso temos hoje esse espaço em que as pessoas podem se achegar com segurança, subir a rampa e poder vir ao culto em comuni-dade. É uma alegria! Gratidão por podermos contar com esse espaço, aonde as pessoas podem vir com segurança e participar do culto em comunidade e agradecer pela vida. Assim como nos diz o Salmo 122.1. “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor”.
A Comunidade de Palmitos tem uma rampa também para permitir o acesso ao Centro Comunitário Evangélico. O acesso ao pavilhão não tem barreiras arquitetônicas.
Aqui temos uma rampa com corrimões para adentrar ao templo. Isso também demonstra o com-promisso evangélico de inclusão de todas as pessoas.
Nossas Igrejas foram construídas em uma época em que essas preocupações de inclusão não estavam tão claras. Essa conscientização sobre acessibilidade veio com o passar do tempo. No tempo em que a Igreja foi construída tinha-se uma idéia de construir o altar um pouco mais elevado. O que parecia acertado ontem, hoje se revela como uma barreira arquitetônica.
Há poucos dias, em uma celebração, tivemos a participação de uma pessoa com deficiência, e no batismo do sobrinho ela teve dificuldades em subir até o altar. Com isso queremos dizer que a verdadeira dificuldade é nossa: nem sempre nos damos conta de como é para essas. O que para nós é apenas um degrau, para essa pessoa é um obstáculo que impede o acesso.
Como resolver isso então? Pesquisamos e vimos que, se colocarmos aqui uma rampa, vamos criar um segundo obstáculo, uma outra barreira, caso seguíssemos as normas exigidas. Então optamos em deixar a pia batismal abaixo do degrau, para que todas as pessoas possam se achegar, participando do momento do batismo de seu/sua afilhado/a ou filho/a. E não só para os batismos, mas também para todos os momentos litúrgicos da vida comunitária. Precisamos ir ao encontro das pessoas que tem alguma dificuldade, para que todas se sintam incluídas nas celebrações na Igreja.
Temos ainda outras preocupações neste espaço.
Uma delas é sobre a audição, por isso temos microfones, caixas de som para que todas as pessoas possam ouvir, compartilhar e acompanhar o canto comunitário e ouvir a palavra do Evangelho. Para quem tem dificuldade de ouvir, temos ainda uma possibilidade para que as pessoas possam enxergar e assim poderem entender o que está acontecendo em cada momento do culto.
A tela é um auxílio litúrgico importante para a celebração comunitária. Um ótimo recurso para nossos dias.
Talvez para muitas pessoas eu esteja falando o óbvio, mas tudo isso é importante para que possamos alcançar cada pessoa em suas necessidades.
Ainda é pouco o que estamos fazendo para que a comunidade possa alcançar todas as pessoas.
Mas, queremos lembrar e perceber o quanto Cristo foi ao encontro de todas as pessoas, de todos aqueles/as que precisavam de um olhar querido, de acessibilidade e de inclusão.
Lembro aqui as palavras que encontramos na Sagrada Escritura, que nos dizem assim:

O Senhor me deu o seu Espírito. Ele me escolheu para levar boas notícias aos pobres e me enviou para anunciar a liberdade aos presos, dar vista aos cegos, libertar os que estão sendo oprimidos e anunciar que chegou o tempo em que o Senhor salvará o seu povo.” (Lucas 4.18-19)
Assim, para anunciar a boa nova é preciso incluir todas as pessoas, de fato de de verdade” (Cf. 1Jo 3.18).
Que Deus nos abençoe e nos ajude a cuidar umas das outras.
Amém!


Autor(a): Pastora Neida Inês Altevogt Sander
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 11 / Versículo Inicial: 2 / Versículo Final: 6
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 68029
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Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria nem o forte na sua força nem o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que Eu sou o Senhor e faço misericórdia.
Jeremias 9.23-24
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