AIDS - Prevenção e solidariedade!

Estudo

25/04/2004

É importante que se entenda bem o que quer dizer “AIDS”, em inglês, ou “SIDA”, em português, ou seja, Síndrome (conjunto de manifestações orgânicas que ocultam sua verdadeira causa) da ImunoDeficiência (deficiência do sistema de defesa do organismo) Adquirida (quer dizer que o vírus não é hereditário, mas é transmitido de uma pessoa para outra). A doença teve seus primeiros casos notificados em meados de 1981, nos Estados Unidos. Naquela época ninguém fazia idéia da epidemia que estava por vir. A doença é causada pelo HIV -Vírus da Imunodeficiência Humana - descoberto por Luc Montagnier, do Instituto Pasteur de Paris, em 1983. O HIV ataca o sistema de defesa do organismo, deixando-o debilitado e sem forças para combater outros vírus ou bactérias que venham a acometer a pessoa.

Sempre houve, e ainda há, muita especulação em torno de como se contrai o HIV. No entanto, é consenso científico que o vírus é contraído somente por três vias: pelo sêmen e outras secreções dos órgãos sexuais (nas relações vaginais, anais e orais), pelo sangue (através de seringas usadas, materiais perfuro-cortantes, ou transfusão de sangue não-testado) e da mãe para o bebê (durante a gestação, no parto e através do leite materno).

Nestas duas décadas de epidemia as mudanças ocorridas no país e no mundo foram tantas e tão velozes que os fatos e informações relacionados à doença se misturaram com a economia, a política, os direitos humanos, os esportes, a educação, a sexualidade, as religiões e os demais assuntos do cotidiano de cada um de nós. Não importa se homem, mulher, criança, jovem, idoso, homossexual, heterossexual, branco, negro, amarelo, cada ser humano, vivendo aqui e agora tem, teve ou terá sua vida atravessada por questões relacionadas à aids, pois ela não discrimina, não exclui ninguém. No entanto, a sociedade, como um todo, é causadora de mortais males sociais, como o preconceito e a discriminação.

Jesus não se afastou nem excluiu qualquer pessoa que estivesse enferma. Muito pelo contrário, achegou-se para bem perto delas, ouvindo, tocando, trazendo esperança. Aproximou-se delas e as acolheu. Colocou-as como principais merecedoras da sua atenção e compaixão (Marcos 2.17) e ficou junto delas. Foi solidário.

A exemplo de sua atuação, muitas conquistas foram alcançadas devido à solidariedade e mobilização incansável de pessoas e grupos, que não se deixaram abater pelas dificuldades de enfrentar uma doença nova, desconhecida e que trazia consigo os estigmas de assuntos pouco ou nada discutidos: morte, sexualidade fora dos padrões, prostituição, família, fidelidade, saúde da mulher, drogas...

Esta doença tão terrível, apesar de tão jovem, nos ensinou e, tem ensinado, tantas coisas a respeito de nosso relacionamento com as outras pessoas. Nunca se teve tanto cuidado com a saúde, sua e da outra pessoa, nunca se teve tanta mobilização e cooperação de pessoas, grupos e empresas, das mais diversas naturezas e objetivos. A aids nos mostrou que é preciso solidariedade, educação, informação, apoio e principalmente prevenção, pois, para uma doença que ainda não tem cura, o melhor remédio é a prevenção, que se dá através do diálogo, da abertura de portas e espaços para atuação e vivência da solidariedade. Assim, quem sabe, estaremos possibilitando caminhos de esperança.

Técnica

Material: Aparelho para tocar CD e CD de música agradável e tranqüila.

Procedimento: A coordenação coloca para tocar uma música bem agradável e convida as pessoas participantes do encontro para caminhar. Solicita que, cada vez que a música for interrompida, as pessoas do grupo formem duplas e troquem um abraço bem carinhoso. Isso será feito quatro vezes, formando duplas diferentes.

Após o final da música, a pessoa responsável pela coordenação solicitará que uma pessoa voluntária posicione-se no centro da sala. Logo em seguida pedirá para que as pessoas que trocaram abraço com aquela se juntem a ela e formem um círculo. Assim que o círculo estiver formado pedir para que as que estão de lado observem as que compõem o círculo. Então pedirá àquelas que trocaram abraço com qualquer uma das que compõem o círculo que se juntem ao círculo. Fazem isto até que ninguém esteja de fora do círculo.

Ainda de mãos dadas tecer alguns comentários a respeito de como estão no momento, ou seja, que todas estão ligadas de alguma forma. Muitos sentimentos e outros comentários podem ser relacionados ou feitos. Uma das relações possíveis é que, assim como elas se relacionaram durante a brincadeira, no nosso dia-a-dia também nos relacionamos com pessoas e elas com outras pessoas. Nessas relações podemos estar passando saúde, carinho, amor, felicidade. Mas, também dor, tristeza, doença. Precisamos cuidar de nossas relações, delas dependem a nossa felicidade e a das pessoas com quem nos relacionamos. Afinal, nossa vida é uma constante troca.


Marcos Aurélio de Oliveira
estudante de teologia - pastorado
voluntário do ASPA (Apoio, Solidariedade e Prevenção à Aids).

Dia Nacional da Diaconia - 25 de abril de 2004
 

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