Rendei graças ao Senhor, porque Ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre. O Senhor dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança.
Neste fim de semana, aqui na Paróquia de Palmitos, em uma das comunidades já começa um dos vários cultos de ação de graças pela colheita que temos pela frente.
Por que celebrar culto de ação de graças pela colheita?É Deus que nos dá saúde para o trabalho, nos concede terra fértil, boas sementes e boas colheitas. Apesar dos contratempos (períodos de seca ou de muita chuva) sempre conseguimos colher o necessário para o nosso sustento.
Agradecer a Deus é demonstrar nossa fé e confiança nele. É demonstrar nosso reconhecimento pelas bênçãos que Deus nos dá. Mesmo que muitas vezes passamos por momentos difíceis em nossa vida, agradecemos a Deus, pois Ele é a nossa força e o nosso amparo em todos os momentos.
Quero compartilhar com vocês uma história que li esses dias e me chamou muita atenção. Desconheço o autor.
Conta-se que no interior de um pequeno município, havia um agricultor. Um agricultor que reclamava de tudo e de todos. Para ele, tudo: a lavoura, a colheita, a comida em casa, os filhos; tudo estava ruim, nada estava bom.
A comunidade da qual ele dizia fazer parte, havia decidido celebrar um culto de agradecimento a Deus pelas colheitas, pelo trabalho, enfim, por todas as bênçãos que Deus havia derramado até aquele dia. Mas para aquele agricultor, em seu pensamento, não havia razão nenhuma, em ir à igreja e agradecer a Deus.
Enquanto tratava os porcos na manhã daquele domingo, ouvia o sino de sua igreja tocar. E, consigo mesmo pensava:
"Hoje o sino da igreja poderá tocar o dia inteiro que não me levará ao culto. O que vou fazer lá? Vou ouvir o pastor falar sempre a mesma coisa, que devemos demonstrar mais gratidão. Não tenho nada de especial para agradecer a Deus. Ou será que devo agradecer a Deus pela falta de chuva que prejudicou o meu milho? Ou devo agradecer a Deus pelos insetos que danificaram minhas frutas? Ou será que devo agradecer pela peste que matou algumas cabeças de gado?”
Enquanto refletia desta maneira, surge sua pequena filha: de banho tomado e pronta para sair.
“Pai!”, perguntou ela, “nós não vamos ao culto hoje? "Nós temos muito o quê agradecer a Deus. O senhor sempre teve saúde para trabalhar; o galpão ainda está cheio de milho do ano passado; sempre tivemos nosso pão e o leite; Sempre pudemos passear com o nosso carro; e eu estou aqui de novo, depois que o médico disse que eu iria morrer. Vamos pai. Vamos ao culto para agradecer por tudo isto."
E o pai se levantou, se arrumou, e junto com a família foram ao culto, muito felizes e agradecidos.O que essa história tem a nos dizer?
Assim como o agricultor da história será que não temos visto somente as dificuldades e os problemas da vida?
Será que nos esquecemos das tantas alegrias e bênçãos que Deus já nos presenteou e continua nos presenteando todos os dias?
Que lição de vida deu a filha pequena ao seu pai na história! Foi preciso que a filha mostrasse ao seu pai tantas coisas boas, tantas bênçãos que Deus havia concedido a ele e a sua família para que ele se desse conta do quanto era necessário ir ao culto e agradecer a Deus por tudo.
E nós? Como estamos em nossa vida de fé?É Deus que nos dá o pão de cada dia, assim como pedimos na oração do Pai-Nosso, e o qual estamos refletindo nesse ano na IECLB. E o pão de cada dia, Martim Lutero explica no Catecismo Menor, é tudo o que se refere ao sustento e às necessidades da vida. Ou seja, É Deus que nos cria e nos mantém. Ele nos concede tudo o que precisamos para viver. Deus cuida de nós.
E por tudo isso que ele nos dá, o que nos resta fazer? Agradecer a Deus e servir-lhe com gratidão e alegria. Eis o nosso compromisso!
Pa. Vivian Raquel Gehrke
Riqueza/SC