Acolhida
“O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que mel e o destilar dos favos”. (Salmo 19. 9-10)
Receber as pessoas oferecendo um pouco de mel, dizendo: “Desejamos que este encontro seja doce como mel”
Considerações preliminares
Para esta reflexão, vamos precisar de uma jarra com chá de boldo ou outro chá amargo. Uma vasilha com mel, que pode ser a mesma usada na saudação. Algumas folhas de papel em branco e outras com palavras que lembrem coisas boas. Podem ser sentimentos, fatos ou outras palavras que nos causam sensações agradáveis. Por exemplo: beijo, abraço, compaixão, paciência, respeito, bolo de chocolate, toalhas quentes, pesinho de bebê, sorriso, visita de um amigo querido, chuva, amizade, integração...
Vamos precisar também de uma bacia com um pouco de areia para cobrir algumas dessas palavras. Será preciso ainda pincel atômico, lápis ou caneta, pelo menos um a cada dois participantes. Podemos usar algumas revistas ou jornais. E vamos precisar de tesoura.
Observações: é importante cuidar para que sejam ressaltados os aspectos positivos da vida em comunhão, por isso, os fatos desagradáveis devem ser poucos e o objetivo é mostrar que podem ser transformados.
Reflexão
- No primeiro momento, deixar revistas e jornais à disposição e pedir a três ou quatro participantes que escolham e recortem um acontecimento que remeta a situação de dor, sofrimento e medo.
- Durante este momento pode ser cantado um hino.
- Oferecer aos participantes um pouco do chá de boldo. Lembrar que é esse sabor que tem uma vida sem amor e sem tolerância.
- Pedir que os participantes leiam em voz alta o acontecimento/reportagem que escolheram. Em conversa, lembrar que esses fatos ocorrem por falta de amor ao próximo e a Deus. Que estas situações causam sofrimento, são amargas e torna a vida sem sabor. As pessoas que fizeram seus recortes se aproximam do altar e enterram na areia as reportagens.
Porém muitos fatos ruins carecem de um olhar transformador, para que sejam atendidos, diminuindo as conseqüências que geram sofrimento.
- No segundo momento, pedir que os participantes lembrem de acontecimentos na vida em comunidade, em família e com os amigos que foram muito bons, que tornaram a vida mais gostosa e que nos alegraram e alegraram os outros.
- Cada participante escreve, em uma folha de papel, situações da vida que foram agradáveis lendo-os em voz alta. À medida que forem falados, oferecer a cada um, um pouco de mel e comparar esses fatos à doçura de viver uma vida em amor.
- Lembrar que o amor ao próximo torna a vida com esse sabor: o sabor de viver a doçura do grande amor de Cristo. O amor torna a vida plena, nos dá coragem para buscá-la e para vivê-la entre nós.
Leitura do texto a seguir para continuar a reflexão: MEL E FEL
Ouvi um amigo dizer que: “uma gota de mel atrai, em média, trinta e cinco abelhas, mas que um barril de fel não atrai sequer três”. E isso poderá nos levar a pensar: “Porque será que Jesus conseguiu atrair, alcançar e resgatar tantas pessoas?”
Jesus nasceu humilde, numa casa de animais, envolto em panos e filho de um casal pobre, que representava justamente o povo mais sofrido de sua época. O filho de Deus poderia ter nascido filho de Reis e pertencer ao mais alto escalão, mas não era esse o projeto do Senhor. Jesus veio simples, compreensivo e conhecedor do sofrimento. Andou no deserto, viveu sem regalias, mas como filho de Deus, a ele é dada toda autoridade sobre todo o mundo.
Um Salvador, diferente de muitos dos que são considerados grandes homens, sentiu o sofrimento do povo, perdoou, amou, educou, libertou, praticou a justiça, condenou a injustiça. Sentou-se à mesa com os pecadores, ouviu seus filhos sem julgá-los, amou incondicionalmente e perdoou até mesmo aqueles que o condenaram à morte; além disso, trouxe ao seu colo os pequeninos. Podemos dizer que Jesus fez justamente o que muitas vezes não conseguimos na nossa vida comunitária. Jesus viveu com muito mais mel do que fel.
Jesus adoçou vidas. Vidas de dor e dissabor como a da mulher adúltera (João 8.3-11), os cegos (Marcos 8. 22-26; Mateus 9. 27-31), a mulher encurvada (Lucas 13.10-17), os leprosos (Mateus 8.1-4), Jairo (Mateus 9.18-26), e tantos outros que foram curados, perdoados, amados e dignificados por Jesus. Jesus os fez saber que eram filhos amados do Criador e, portanto, dignos de uma vida de sabor. Vida adoçada pelo amor incondicional de Jesus e pela prática do bem.
Nas Bem-aventuranças (Mateus 5.1-12), Jesus nos diz como viver a vida com mais sabor.
A exemplo de Jesus, também podemos adoçar vidas. Nossa comunidade e vida, também fazem parte desse alegre tempero que dá sabor, que adoça, que movimenta, que cria e inventa, que pratica e faz acontecer.
Propomos um desafio: viver em comunidade e em nossa vida pessoal como Jesus viveu. Viver com mais esperança, com ações de amor ao próximo, com atenção aos que precisam de amparo e cuidado, dizendo aos que amamos o quanto são importantes em nossa vida.
Viver de maneira que o grande sacrifício de Jesus não tenha sido em vão. Não sejamos apenas mais um, mas sim expressemos o amor infinito do Senhor. Além disso, que possamos, com nosso jeito alegre e simples de ser, transformar-nos em mensageiros e proclamadores da boa nova de Deus. Afinal somos instrumentos de Deus, para viver dons, transformar o mundo e adoçar vidas.
Oração
Senhor, faz-nos confiantes para em ti vermos realizados os nossos projetos. Concede-nos um coração quebrantado e que, mesmo em meio as maiores angústias, a nossa prioridade seja o serviço a ti e ao próximo. Dá-nos coragem e Fé para buscar a Paz e que assim, ao erguermos os olhos, enxerguemos somente a tua graça e a doçura de vivermos uma vida em amor, e que por ela saibamos ser gratos. Amém.
Atividade
Convidar os participantes a, em duplas ou trios, recortarem e pintarem abelhas, sendo que em cada abelha escrevam alguma meta para tornar a vida melhor. Assim como a meta do trabalho da abelha é o mel, nós, enquanto luteranos, também temos uma ou mais metas. Quais são elas? Elas podem ser escritas em cartões de cartolina colorida e pode ser montado um móbile para ser pendurado em algum espaço, que pode ser na igreja ou no pátio. Mas, é importante que toda a comunidade possa ver.
Exemplo (veja imagem)