Algumas consequências de atitudes tomadas na adolescência carrego comigo até hoje. Positivas e negativas. Com 14 anos, a partir do Ensino Confirmatório, tomei a decisão de caminhar ao lado de Jesus. Decidi que, doravante, minhas escolhas à vida teriam como critério principal a vontade de Deus. Confesso que, muito do meu caráter e jeito de ser, se deve obviamente à educação que recebi em casa. Mas, com certeza, ainda mais marcante foi a Palavra de Deus que me moldou dia a dia, seja na leitura pessoal, seja no ouvir em comunhão na igreja. Com 16 anos, em retiro de jovens, Deus me chamou ao ministério. Os cursos de Teologia (3) e os campos ministeriais (6) foram e continuam sendo uma escola. À medida que sirvo na seara, o Senhor vem trabalhando meu coração. Foram decisões com consequências positivas. Contudo, há um lado diferente. Logo após a Confirmação, ingressei na juventude da igreja. A partir daquele momento, meus finais de semana eram dedicados exclusivamente à igreja. Além da reunião de jovens, eram dois cultos e momentos esportivos. A minha família ficou de lado. Meus pais, não. Mas, o círculo maior. Cada família tem suas características. Nossa família gostava muito de festa, quase sempre regada com bebidas alcoólicas. Era costume encontrar pessoas queridas bêbadas com conversas que não levavam para lugar algum. Infelizmente, a bebida ceifou alguns. Felizmente, muitos abandonaram o vício. Minha decisão de fé e o meu ingresso na igreja me afastaram por completo do círculo maior da família. Com a grande maioria, perdi contato, sequer criei laços afetivos. Da mesma forma, é óbvio que perdi a oportunidade de dar o meu testemunho de fé entre os meus familiares.