A vitória da cruz

06/04/2007


Para nós cristãos, o tempo em que estamos é uma época muito especial. Estamos na semana que antecede a Páscoa conhecida como Semana Santa. Nela meditamos de forma especial sobre a Paixão do Senhor Jesus Cristo. Abrimos os olhos e podemos visualizar no horizonte o Monte Calvário, lugar reservado para a condenação de toda sorte de criminosos.

De longe olhamos para o Gólgota e percebemos ali três cruzes. Três cruzes que proclamam uma mensagem para a humanidade ao longo de sua história:

A vitória do amor.

Da cruz que encontramos ao centro, nós nos aproximamos com uma atitude de adoração. Ela é a cruz na qual o amor de Deus se revela e se torna visível em sua forma mais radical. Ali, o Pai sacrifica seu único Filho pela redenção da humanidade perdida. Ela é um monumento do amor de Deus. Pois ali, na cruz “certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas, ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos” (Isaías 53.4-6).

Admiramos a cruz ao centro com uma atitude de devoção, mas nosso olhar é conduzido para a cruz à esquerda:

A vitória do pecado.

Quem é o homem que está crucificado à esquerda de Jesus? Ele era um ladrão e assassino. Ele sucumbe sob o peso de sua culpa, pois esta o leva à condenação e à morte. Mas há uma esperança. Diante dele está alguém que poderia libertá-lo. O sangue de Jesus, crucificado ao centro, poderia purificá-lo. Mas o que constatamos é que ele não expressa nenhum sinal de arrependimento e não expressa nenhum sinal de que ele anseia por graça. Ele dirige a palavra àquele que poderia mudar sua história, com um tom desafiador: “Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também” (Lucas 23.39). Diante desta palavra, Jesus cala e nada lhe diz, pois não havia nada mais a dizer-lhe.

Ele teve oportunidade de ouvir Jesus, observou Jesus clamar ao Pai, viu o exemplo do outro malfeitor, mas apesar disso, permaneceu indiferente ao Senhor. A salvação lhe esteve muito próxima, e ainda assim ele não a abraçou. Simplesmente ele não se deixou presentear pela graça.

Continuamos a observar o Gólgota e percebemos ainda uma terceira cruz:

A vitória da Graça.

Na terceira cruz fincada no Calvário também há um malfeitor. Ele tinha um passado pecaminoso. Diferente do que de seu companheiro, no entanto, de seus lábios brotam palavras de arrependimento: “Recebemos o castigo que nossos atos merecem” (Lucas 23.41) Olhando para a cruz do centro, ele visualiza a esperança e a agarra. Por isso ele clama: “Senhor lembra-te de mim quando vieres no teu Reino” (Lucas 23.42)

A resposta que o malfeitor recebe demonstra que a graça de Deus é maior que o pecado. Por esta razão, também para nós, que contemplamos o Gólgota, Jesus Cristo, o crucificado representa esperança e graça, oportunidade de arrependimento e novo começo.


Autor(a): Sigolf Greuel
Âmbito: IECLB
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 7896
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