Sexta parte (Comunicamos que a cada terça-feira postaremos uma nova parte sobre este estudo da viagem de Esdras até Jerusalém. São um total de 7 partes escritas pelo P. Gilberto Weber de Luzerna/SC)
- Lágrimas que mudam o contexto... “...Eles também choravam amargamente” Esdras 10.1.
O povo que estava em Jerusalém ao ver a seriedade com que Esdras lidou com o pecado, une-se a ele em seu clamor por misericórdia. É o choro da vergonha e do arrependimento. Não é o choro dissimulado de alguém que quer impressionar, nem o choro movido pela emoção. É o choro amargo que traz a tona toda a decepção consigo mesmo.
Ao ver a tristeza e as lágrimas de seu líder o povo se une neste lamento. Junto com as lágrimas vêm a confissão e a renúncia. De nada adianta chorar arrependido e não ter nenhuma atitude prática.
Na Itália por volta de 1945 o padre Jerônimo Savonarola, descendente de família rica, começou a pregar contra o vício, o crime e a corrupção do povo e da igreja. Suas mensagens faziam com que as pessoas de todas as idades chorassem intensamente por causa de seus pecados. Muitos saíam do templo atordoados, sem falar durante horas, apenas refletindo sobre o que ouviram. Como resultado o povo trouxe a seus pés toda literatura fútil e obscena de que dispunham. As crianças recolheram máscaras carnavalescas e objetos supérfluos. Todo esse material foi queimado numa grande fogueira, ao som do badalar dos sinos e das vozes de uma multidão que cantava hinos de louvor a Deus. Mesmo sendo condenado a morte na fogueira pela inquisição, Savonarola deixou seu legado de temor e seriedade diante do juízo de Deus. Suas prédicas e livros continuaram a exercer grande influência na vida de cristãos piedosos.
Senhor Deus, perdoa-nos quando colocamos nossos planos e carreiras pessoais acima da Tua vontade. Não permita que nosso coração e mente fiquem indiferentes quando somos confrontados com a Tua Palavra. Que haja esperança para nós também. Amém