Encontro III - Lucas 24.13-35
A) Intenção
Cristo ressuscitou e está presente em sua comunidade. Na Santa Ceia, pedimos expressamente pela presença do ressuscitado: “...vem, Senhor Jesus, sê nosso convidado.” Mas ele não quer somente ser nosso convidado. Queremos uma “inversão de papéis”: que ele seja o hospedeiro e nós os hóspedes. Pedimos que ele abençoe as dádivas do pão e do vinho, que trouxemos como expressão de nossa gratidão ao Criador, transformando-as, assim, em dádivas suas presenteadas a nós: “...e tudo que nos dás nos seja abençoado”.
Pedimos ao Cristo ressurreto que ele transforme em sua a ceia por nós preparada, nos dê as boas-vindas, presenteando-nos com sua hospitalidade. Na Santa Ceia, o pão e o vinho não querem ser, apenas, sinais de nossa gratidão. Eles querem ser distintivos inconfundíveis da presença do ressuscitado entre nós. São, portanto, motivação para a alegria. E mais: nós pedimos a Cristo que ele use o pão e o vinho para se dar a si mesmo a nós nestas dádivas - sua vida dada por nós, seu amor, sua misericórdia, seu perdão.
Este pedido baseia-se em sua ordem: “Façam isto em minha memória.” Estas palavras não se referem à realização de uma ação simbólica que nos traz à lembrança umacontecimento passado. A “memória” significa muito mais. Trata-se de tornar presente o passado. Cristo e todas as dádivas salvíficas conquistadas em sua morte e ressurreição tornam-se presentes na celebração da Santa Ceia, tornando-se acessíveis no pão e no vinho consagrado.
B) Textos
Das palavras da instituição: “Fazei isto em minha memória”
Lucas 24.13-35 . Os discípulos de Emaús
(Cf. também João 21.1-13 e Apocalipse 3.20)
c) Outros auxílios
I - 1982 - página 57
Manual do Culto Infantil - 1987 - página 54
Crescendo com Jesus - Volume IV - 5º Encontro
C) Preparo
Material Necessário:
1. Mesa / se possível baixa
2. Toalha branca
3. Três copos ou taças
4. Vela branca
5. Pão sírio
6. Jarro com suco de uva
7. Retroprojetor
Disponha as cadeiras em semicírculo ao redor da mesa.
1. No centro do ambiente, está colocada novamente a mesa com a toalha branca; três copos ou taças, um pão sírio e um jarro com suco de uva estão reservados. O retroprojetor e a tela estão preparados com as transparências “preparo das criançasfigemaus1” e “preparo das criançasfig-emaus2” ou “preparo das criançasfig-emaus3”.
2. Convém:
. que o orientador leia o texto com antecedência e providencie o material necessário para o encontro.
3. Escolha hinos fáceis para serem cantados com a turma. E organize o encontro com uma seqüência clara: Saudação / Invocação / Oração / Cantos / História bíblica / Atividade / Etc.
E) Transcurso
1. As crianças estão sentadas em semicírculo, no centro a pequena mesa, ainda não posta.
A/o dirigente inicia com um breve retrospecto sobre o encontro anterior. Segue o relato de Lucas 24.13-35. O acento não deve estar tanto na caminhada e na conversa entre os caminhantes. O foco deve estar no momento da ceia e sua importância para a nossa celebração da Santa Ceia. Ideal é contar a história a partir da perspectiva da experiência dos discípulos que somente no partir do pão reconheceram o Senhor.
2. Relato breve da caminhada até o momento do convite (eventualmente com auxílio da transparência arquivo “preparo das criançasfig-emaus1”).
3. Relato da Ceia: Os dois discípulos convidam o peregrino estranho: “Fique conosco. Já está anoitecendo e logo vai estar bem escuro. Você pode passar a noite em nossa casa. Amanhã você poderá continuar a viagem tranqüilo e descansado. Você também é nosso convidado para o jantar. Assim, vamos poder conversar mais um pouco sobre o Messias.”
(O/a dirigente prepara a mesa com a toalha branca, três copos, um jarro com o suco de uva e um prato com o pão sírio).
Então aconteceu algo inesperado. O peregrino nem espera que um dos discípulos inicie com o jantar. Ele toma o pão e inicia o jantar com uma oração de mesa - como se fosse ele o hospedeiro dono da casa e os discípulos seus hóspedes convidados.
(A/o dirigente toma o pão sírio e o parte em vários pedaços, dispondo-os sobre o prato).
Primeiro os discípulos ficaram surpresos com o gesto do peregrino. De repente, porém, seus corações ficaram bem quentes e alegres. Foi como se escamas tivessem caído de seus olhos: este peregrino não era um estranho - era o próprio Senhor Jesus! O jeito de partir o pão - assim Jesus sempre fazia quando tomavam refeições em conjunto.
Os discípulos se levantam num salto e querem abraçar Jesus. Foi quando ele desapareceu . eles não o vêem mais.
E, como um raio, vem a certeza: Jesus está vivo! Ele vive! Dizem isto várias vezes, bem alto, gritando de alegria! Começam então a lembrar a conversa ao longo do caminho. Quando o peregrino explicava os acontecimentos bíblicos, seus corações estavam quentes, radiantes. Agora sabiam por quê.
“Temos que voltar imediatamente a Jerusalém e contar aos outros o que experimentamos. Temos que contar que Jesus está vivo!”
Eles terminam rapidamente o jantar, arrumam novamente as coisas e partem de volta para Jerusalém.
4. Projeta-se a transparência “preparo das criançasfig-emaus2” (ou: “preparo das criançasfig-emaus3”) e aprofunda-se a história. Focalizar a situação da refeição e sua importância para a Santa Ceia: “Os discípulos reconheceram Jesus no partir do pão. Agora, eles sabem que Jesus está vivo, que ele está com eles - mesmo que não o estejam vendo. Também compreendem por que Jesus na última ceia com os discípulos disse: ‘Façam isto em minha memória.’
Jesus quer que sempre celebremos a ceia com ele, assim como ele a festejou com seus discípulos antes de morrer. Quando nós celebramos a ceia, ele está presente entre nós e nos abençoa. Mesmo que não consigamos vê-lo, podemos saber pelas dádivas do pão e do vinho que ele, de fato, está presente.
Por isto, celebramos a Santa Ceia regularmente, assim como todos os outros cristãos espalhados pelo mundo. E para que vocês também possam compreender e participar, fazemos estes encontros.”
5. Canto, oração, Pai-Nosso e bênção (ou canto de bênção) encerram a reflexão.
6. O/dirigente: “Olhem, os discípulos de Emaús saíram tão apressados que deixaram pão e suco. Vamos comer o que eles deixaram?”
(Pão e suco são compartilhados com as crianças).