A Paixão pelo Evangelho

26/10/2018

As pessoas facilmente se apaixonam por algo encontrado em seu interior. Valorizamos nossos desejos, necessidades, privilégios, sucesso, prosperidade, vitória, felicidade, prazer... Todas estas coisas buscamos construir por nossas próprias mãos. Está em voga dizer e crer que cada pessoa pode decidir ser feliz ou infeliz, estar triste ou alegre, rico ou pobre. É comum dizer que tudo depende exclusivamente de nossas decisões e esforços. Isto é assim mesmo? A palavra de Deus concorda com isso? Jesus concorda com estas afirmações?

Já ensinava o salmista: ao SENHOR Deus pertencem o mundo e tudo o que nele existe; a terra e todos os seres vivos que nela vivem são dele. Sl 24.1. Deus também é Senhor da alegria, felicidade, bondade, misericórdia, compromisso, responsabilidade que promovam a vida verdadeira. Jesus diz: Quem procura os seus próprios interesses nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo, porque é meu seguidor, terá a vida verdadeira. Mt 10.29. A felicidade não pode ser encontrada nos nossos sentimentos passageiros e mutáveis. A alegria é presenteada pelo próprio Jesus. Também a paz verdadeira só pode ser recebida de Deus por meio de Cristo como dádiva e jamais conquista humana. A resposta humana a estas dádivas só pode ser o cultivo e o fomento desta paz. Deixo com vocês a paz, a minha paz lhes dou (Jo 14.27a).

No ano em que celebramos o primeiro dos outros 500 anos da Reforma Luterana, é necessário achegarmos às descobertas de Lutero, no intuito de encontrarmos luz para este mundo carente de parâmetros claros para a sua vida. Lutero foi uma pessoa apaixonada pelo Evangelho de Jesus Cristo. Para Lutero, o centro da vida comunitária é o Evangelho e este, Cristo. Toda a Bíblia traz um novo significado quando a lemos a partir do centro cristológico.

Assim sendo, a vida cristã é um constante apaixonar-se pelo Evangelho de Jesus. Esta paixão, este amor experimentamos quando Deus se tornou humano em Cristo e veio morar entre nós com a finalidade de nos salvar. Ao colocarmos Cristo como centro de nossa vida, tudo ganha novo significado. Já não somos nós que vivemos, mas Cristo vive em nós. A vida, as relações com as demais pessoas, a forma de lidar com o dinheiro ou com quem pensa diferente, os fracassos e os limites humanos ganham novos impulsos. Não contamos exclusivamente com nossas forças, mas contamos com a força que nos vem de Deus. Esta força que vem de Deus se chama graça. Não barata, mas preciosíssima: Cristo.

Vivemos desta graça e anunciamos com empatia, compaixão e em comunhão com todas as pessoas o Evangelho que é Cristo. Isto ensina o Apóstolo Paulo em 1Co 15.1,3-4: Agora, irmãos, quero que lembrem do evangelho que eu anunciei a vocês, o qual vocês aceitaram e no qual continuam firmes. Eu passei para vocês o ensinamento que recebi e que é da mais alta importância: Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas; ele foi sepultado e, no terceiro dia, foi ressuscitado, como está escrito nas Escrituras.”

A paixão verdadeira não é imposta, antes é experimentada. Sendo assim, somos uma igreja missionária se as outras pessoas conseguem visualizar Cristo em nossas ações. Honestidade, liberdade, respeito, inclusão, diálogo, união, cuidado, fé, amor, transparência, convencimento pelo diálogo são atitudes e virtudes da pessoa cristã. Convictos da fé e da liberdade que nos trouxe para optar pelo bem, afirmemos com Pedro e João: Pois não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido. At 4.20. Amém.
 


Autor(a): Pastor Sinodal Jair Luiz Holzschuh
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 49651
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