A nossa responsabilidade

01/05/2017

   Tempo atrás, descobri os boletins dos anos 60 e 70 para a Comunidade Evangélica Alemã no Rio de Janeiro. Tem sido uma literatura muito interessante. Uma das coisas que mais tem chamado minha atenção é o empenho do Pastor Fritz Vath em lembrar aos membros da centralidade da espiritualidade na vida das pessoas, fala de que ainda que a vida gire ao redor de diversas aspectos: trabalho, estudo, família, saúde. Sem a espiritualidade, tudo isso é em vão. A Igreja deveria estar no coração das pessoas. Assim sendo, a Igreja deveria estar lá onde as pessoas moram. O P. Vath morava no Leblon e na época somente existia um templo no centro da cidade. Eram realizados cultos em diversas igrejas presbiterianas que emprestavam os templos. Mas, o P. Vath lutava por ter um Centro Comunitário na zona sul. Após sua chegada, pode-se ler como ele começa a lembrar às pessoas que devido à grande presença de membros na zona sul da cidade deveria de contar-se com um centro que as pessoas, principalmente crianças e jovens, pudessem sentir próximo e participar mais facilmente das atividades eclesiásticas. Durante dois anos, o P. Vath colocou no boletim a pergunta se alguém sabia de um terreno ou de uma casa que fosse possível comprar para ter um espaço da Comunidade na zona sul. Com orgulho no último boletim de 1962, o P. Vath anuncia que no dia 28 de setembro foi acordada a compra do terreno na rua Barão da Torre 98.
   Por que escrevo tudo isso? Não é porque eu sou fascinado por história. Nem porque acho interessante que o P. Vath escrevia numa linguagem direta. Eu quis lembrar a história porque acredito ser necessário relembrar o porquê da existência de uma comunidade de fé na zona sul. Nossa paróquia conta com perto de 1000 membros. Tivemos menos de 20 participantes na última assembleia. Menos de 30% dos membros contribuem regularmente, por isso, nossa paróquia está enfrentando problemas financeiros. Em nosso templo cabem 140 pessoas sentadas, mas muitas vezes tem lugares vazios. Este ano contamos com uma boa equipe de Culto Infantil que se prepara para atender às nossas crianças, mas já tivemos 3 domingos com somente 1 criança presente. Este ano não temos turma de confirmandos, será que não existem pessoas em idade para formar uma turma?
   Qual será o problema? Ou melhor dito, qual será a solução?
   Gostaria de ter a coragem e a habilidade do P. Vath de colocar de forma direta e concisa uma solução. Penso que não existe uma fórmula mágica para resolver a situação de crise vivida dentro e fora da Paróquia Bom Samaritano. Mas, pequenos passos podem ser dados. A seguir coloco uma lista com algumas dicas:
• Participar do Culto na Comunidade e atender ao convite para a Ceia do Senhor;
• Cuidar para que seus filhos sejam batizados, educados na fé cristã e confirmados;
• Participar e comprometer-se com a educação cristã contínua na Igreja;
• Zelar para que os cônjuges recebam a bênção matrimonial;
• Zelar para que os mortos sejam sepultados, segundo os preceitos eclesiásticos;
• Contribuir financeiramente para assegurar a missão da Comunidade e das demais instâncias da Igreja;
• Conduzir a sua vida de acordo com a responsabilidade que têm os membros da Igreja de Jesus Cristo, perante Deus, o seu próximo e a sociedade;
• Integrar-se no cumprimento zeloso das tarefas da Comunidade, cooperando com os seus dons em testemunho, serviço e comunhão.
 


Autor(a): P. José Kowalska
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio de Janeiro - Bom Samaritano (Ipanema-RJ)
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 44764
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