A morte não tem mais poder

Meditação

12/04/2009

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Sabedores que havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre: a morte já não tem domínio sobre ele”. Romanos 6.9

Ao longo de quarenta dias estivemos meditando, contemplando e trilhando com Jesus o caminho até Jerusalém, “onde se cumpriu tudo o que tinha sido escrito pelos profetas, no tocante ao Filho do Homem” (Lc 18. 31-34). Sim tudo se cumpriu, conforme Ele mesmo havia predito. Tudo mesmo! Jesus foi traído, humilhado, torturado, morto e sepultado, mas ressuscitou ao terceiro dia.

Às mulheres que foram procurar o corpo de Jesus para embalsamá-lo o anjo perguntou: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. (Lc 24.5-6). Sim Jesus ressuscitou dentre os mortos e a morte já não tem domínio sobre Ele. “Cristo venceu a morte, bendita a nossa sorte”. Não precisamos mais procurar Jesus na sepultura. Por isso, cuidar e adornar as sepulturas de nossos falecidos é um cuidado importante, mas que tem sentido e significado passageiro, transitório. Pois conforme o próprio Jesus nos assegura: “Virá o dia em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz do Filho de Deus e sairão” (Jo 5.28).

Jesus afirmou: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Por sua morte e ressurreição Jesus venceu o mundo com todos os seus projetos de morte. Ele venceu todas as nossas aflições, inclusive maior de todas: a aflição diante da morte.

Jesus venceu a própria morte, o último inimigo (1 Co 15.26). Por isso, o apóstolo citando o profeta pode afirmar: Tragada foi a morte pela vitória! E num tom provocativo indagar: Onde está ó morte a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão? (1 Co 15.54,55).


Desde a ressurreição de Jesus dentre os mortos, o poder da morte é apenas ilusório. Sua vitória é apenas aparente. Pois ainda que ela tenha o poder de nos separar das pessoas a quem amamos, ela não tem mais o poder de nos separar, de nos afastar “do amor de Deus que está em Cristo Jesus” (Rm 8. 39).

Ao ressuscitar a Jesus dentre os mortos Deus confirmou todas as suas promessas. Por isso podemos crer e confiar na palavra do Senhor que nos diz: “porque eu vivo, vós também vivereis” (Jo 14.19). Vida e não morte esta é a última palavra de Deus, pois foi precisamente para isto que Jesus veio: ”Eu vim para que tenham vida e vida em abundância” (Jo 10.10). Vida plena e abundante é o que Deus quer e deseja para todos os seus filhos e filhas, aqui e para eternidade.

A mensagem da ressurreição não é apenas uma narrativa de um acontecimento do passado. Esta mensagem tem implicações para nossa vida no presente e também para o futuro. Para o presente ela é o anuncio, a afirmação e confirmação de que todas as nossas aflições, medos e sofrimentos e inclusive a própria morte, por mais duras e dolorosas que sejam estas realidades não são expressão última da vontade de Deus para conosco. Pois, todas estas realidades foram vencidas e subjugadas pela vitória de Cristo. Isto faz com que possamos encarar a morte, não como uma tragédia, não como o fim da vida, mas sim como parte da própria vida. Assim o alcance da mensagem da ressurreição se estende ao porvir, pois a ressurreição de Jesus passa a ser a garantia da nossa própria ressurreição.

Graças a Deus podemos nos alegrar com a mensagem da vida que vence a morte. Graças a Deus porque temos a mensagem da Páscoa indicando o caminho da vida, anunciando o triunfo da vida em meio ao sofrimento e a morte. Amém.

P. Odemir Simon, Pastor da IECLB em Nova Friburgo/RJ

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