A mão de Deus nos une e liberta da escravidão

Segundo Dia - Os oito dias de oração

15/05/2018

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Os oito dias de oração
2º Dia

Gênesis 1. 26-28: Deus criou o ser humano à sua imagem.

Salmo 10. 1-10: Por que, Senhor, permaneceres afastado?

Filemon: Não mais como escravo e, sim, bem mais do que escravo: como irmão bem amado.

Lucas 10. 25-37: Parábola do bom samaritano.

Em nota, a CNBB fala sobre o trabalho escravo e a realidade da escravidão: “Hoje, na sequência de uma evolução positiva da consciência da humanidade, a escravatura _ delito de lesa-humanidade _ foi formalmente abolida no mundo. O direito de cada pessoa não ser mantida em estado de escravidão ou servidão foi reconhecido, no direito internacional, como norma inderrogável. Infelizmente, esse flagelo continua sendo uma realidade inserida no tecido social. O trabalho escravo é, hoje, uma moeda corrente que coloca o capital acima da pessoa humana, buscando o lucro sem limite. Nosso País no qual, por séculos, vigorou a chaga da escravidão de modo legalizado, tem o dever de repudiar qualquer retrocesso ou ameaça à dignidade e liberdade da pessoa humana” (Nota da CNBB sobre o trabalho escravo –outubro/2017).
Também o tráfico humano, tão presente e tão perverso, é uma forma de escravidão. Uma escravidão que retira da pessoa sua história, sua identidade, suas raízes, sua liberdade.

Reflexão

Uma das primeiras coisas que aprendemos sobre Deus na Bíblia hebraica e cristã é que Deus criou a humanidade à sua própria imagem. No entanto, essa profunda e bela verdade tem frequentemente sido ofuscada ou negada ao longo da história humana.
A mensagem do evangelho é inteiramente diferente disso. Jesus desafia as normas sociais que desvalorizam a dignidade humana dos samaritanos, descrevendo o samaritano como o “próximo” do homem que havia sido atacado na estrada para Jericó – um próximo para ser amado, de acordo com a Lei. E Paulo, com a coragem que lhe vem de Cristo, descreve Onésimo, que tinha sido escravizado, como “um irmão amado”, transgredindo as normas de sua sociedade e afirmando a humanidade de Onésimo.
O amor cristão precisa sempre ser um amor corajoso que ousa ultrapassar fronteiras, reconhecendo em outros uma dignidade igual à sua própria. Este amor só se concretiza nas lutas em defesa das pessoas oprimidas e escravizadas, bem como na coragem de manifestar publicamente esta realidade.
Como igrejas, precisamos dar mais visibilidade a estas duras realidades, muitas vezes camufladas pela mídia. Despertar em cada um de nós uma sensibilidade atuante, diante da dor de irmãos e irmãs e promover ações que ajudem no processo de libertação.

Oração

Generoso Deus, fica perto dos que são vítimas da escravidão e do tráfico humano, assegurando-lhes que estás vendo seu problema e ouvindo seu clamor. Que a tua Igreja possa estar unida em compaixão e coragem para trabalhar pelo dia em que ninguém mais será explorado e todos serão livres para viver com dignidade e paz. E, confiantes na Palavra de teu Filho Jesus: “O Espírito do Senhor me ungiu para dar liberdade aos oprimidos” (Lucas 4. 18-19) e com a força do Espírito Santo, possamos ser agentes de mudança nos diferentes espaços que atuamos. Amém.

A mão direita de Deus está elevando nossa terra, erguendo os caídos um por um. Cada pessoa precisa ter seu nome conhecido, sua dignidade restaurada, na mão de Deus que une e liberta.
 

FONTE: Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. Caderno da SOUC 2018, pág. 28-30. 

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