A luta pela justiça é um cântico a Deus

10/08/2009


Leitura indicativa: Lc 1.46-55
 

No dia doze de agosto lembramos do assassinato de Margarida Alves, presidente do sindicato de Alagoa Grande, na Paraíba. Ela foi assassinada pelos fazendeiros porque lutava pela Reforma Agrária e pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Isto foi em 1983.
 

Também no dia 12 de agosto lembramos do massacre de Acosta Ñu onde o exército brasileiro comandava pelo Conde d’Eu matou centenas de crianças na Guerra do Paraguai, que haviam sido recrutadas para defender o seu país. Esta guerra vergonhosa realizada para permitir a entrada do capital inglês no Paraguai matou 85% da população paraguaia. O governo brasileiro da época se prestou para este serviço sujo.
 

Para estas duas realidades o cântico de Maria fala dizendo que Deus não está do lado dos poderosos que usam de todos os meios para pela opressão continuar a explorar o povo. O cântico diz que Deus derruba os poderosos de seu trono e exalta os humildes.
 

Desde a AT sabemos da postura de Deus em relação aos poderosos opressores e dos empobrecidos. No Êxodo Deus se colocou contra o Faraó e o seu Estado para defender a ide camponesa escrava. Deus continuou com a ide camponesa sem terra na Palestina apoiando esta ide na luta e conquista da Terra Prometida.
 

Deus continuou com a ide camponesa através dos profetas e profetisas a denunciar a monarquia israelita que explorava os camponeses.
 

Enfim, o próprio Deus se fez camponês em Jesus Cristo através de uma família camponesa na Galiléia e morreu como morriam os camponeses que não se submetiam à opressão romana.
 

Por isso podemos dizer hoje: que Deus continua com os camponeses e camponesas que lutam no Movimento de Mulheres Camponesas no Brasil pelos direitos das mulheres camponesas e pela justiça para todos na busca por uma nova sociedade onde não haja discriminação de gênero e onde não haja mais ides sociais.
 

Maria canta e louva o Deus que olha para os humildes e não apenas isto, mas convida os humildes para iniciar a construção de uma nova sociedade onde não há mais poderosos e fracos. Esta nova sociedade Jesus chamou de reino de Deus.
 

E este Jesus disse: Bem-aventurados os pobres, os que choram, os que são perseguidos, os que tem fome, os que promovem a paz, os injustiçados.
 

Quando Maria canta: “Derribou do seu trono os poderosos” lembramo-nos que estes no decorrer da história não permaneceram no poder como eles queriam: Mussolini, Hitler, Franco, Pinochet, Stálin, Médici e assim por diante foram destruídos do poder,uns pela morte e outros pelo povo, e a história hoje nos conta que eles eram ditadores cruéis e assassinos.
 

Pastor Günter Adolf Wolff - Condor/RS


Autor(a): Günter Adolf Wolff
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8533
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