Para onde irei? João 6.68
Beloir era um jovem que crescera em um ambiente confortável. Seus pais conhecidos como pessoas bem relacionadas na sociedade, possuidores de muitos bens.
O jovem Beloir tinha amigos e amigas, gozava de prestígio e respeito. Ele gostava dos estudos, aos quais era considerado aplicado. Seu futuro parecia promissor.
Mas, o jovem não estava, plenamente, satisfeito. Não sabia o porquê disso. Faltava-lhe algo. Era-lhe preocupante essa angústia. Ele procura por solução. Ouve, daqui e dali, conselhos que poderiam vir de encontro à sua necessidade.
Começa, a cada dia, consultar o horóscopo para saber o que podia ou não fazer. Procurava por médiuns, curandeiros e benzedores para se livrar de possíveis ataques externos como encosto, inveja, cobiça e mau-olhado. Os videntes garantem um futuro brilhante de muita paz e prosperidade.
A bebida e o cigarro já viraram rotina diária e, o consumo de drogas ganha espaço considerável na sua dieta. Os estudos não rendem mais o mesmo.
Por fim, se envolve com prostitutas, pequenos furtos, roubos e assaltos. É preso. Agora sua vida torna-se um trapo. Seus pais devem pagar a fiança, multas e os prejuízos causados por ele e outros.
Certo dia vai ao enterro de um vizinho. O cerimonial fúnebre parecia extenso. Não entendia nada daquilo que falava o pastor. Ele e seus pais não participavam de nenhuma atividade de sua comunidade. Não consideravam importante para eles. Sua única ligação com a comunidade era a contribuição que, de tempos em tempos, o tesoureiro passava para recebê-la.
Embora, não compreendesse a mensagem, uma citação repetida pelo pastor o deixava inquieto, no seu interior. Foi a resposta e confissão de Pedro: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”.
No culto, com oração memorial, ouvia atentamente as palavras do pastor. O pastor falou de uma sentença de Jesus: “Quem crer e for batizado será salvo – oba, batizado eu sou, mas esse negócio de crer não entendo e, continuou o pastor – quem, porém, não crer já está condenado”. Essa foi pra mim, eu não sei se creio ou não creio. O que vem a ser isso?
Estou perdido! Tudo o que fiz deu errado. Errados foram os conselhos e as minhas decisões. Na pregação outra referência dizia: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida...” Jo 14.6 e ainda, “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. MT 11,28. Mas era isso mesmo o que eu mais preciso. E como conseguiria?
Procurei uma pessoa da comunidade que me ajudou muito e me acompanhou até o pastor. Logo percebi que o pastor não era nada do que eu pensava. Ele é amigo, compreensivo, paciente para ouvir. Depois de um tempo saí aliviado.
Compreendi que estar afastado de Deus é o maior engano que pode existir. Ir para Jesus é o caminho acertado.
Desde então, Beloir passou a participar de todas as programações da comunidade. Motivava outras pessoas a fazem o mesmo. Agora estava alegre, feliz, agradecido e via sentido em sua vida. Os pais também já estavam participando dos cultos.
A história do jovem Beloir faz a gente pensar sobre o que de fato vale à pena.
P. Em. Valter Schmidt