“Pois tornou-se manifesta a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos, para vivermos no tempo presente com moderação, justiça e piedade, à espera da bem-aventurada esperança e da manifestação da glória de nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele se entregou a si mesmo por nós, a fim de nos resgatar de toda iniqüidade e purificar um povo que lhe pertença, e esteja repleto de ardor pelas boas obras”.
Tito 2.11-14
A exemplo das palavras de Tito, a foto da Catedral de Brasília nos remete ao evento cristológico em sua totalidade. Natal não pode ser isolado de Sexta-feira Santa e de Páscoa. A criança na manjedoura é aquela que seguirá ao Calvário, as circunstâncias miseráveis do seu nascimento correspondem à ignomínia da cruz, e a glória oculta do filho de Maria se revela de maneira plena na Páscoa.
Natal clama por arautos que, tal como os anjos, louvam a Deus e anunciam: Deus fez Natal por nós e sua graça tornou-se visível!
Os anjos anunciam: “Eu venho a vós dos altos céus” e sabem que Deus ama a terra e alegra as pessoas. Por isso o fazem em público, e vão aos que estão longe, esquecidos e rejeitados.
Essa é também a nossa mensagem: velas apagam e a violência prolifera, mas a luz do Natal continua acesa e ilumina a lei do amor que se empenha na verdade e anuncia os propósitos de Deus conosco. É graça de Deus que não nos deixa trilhar os nossos próprios caminhos destrutivos e procura conquistar-nos com o seu amor. Pois:
“Antes de nós termos nascido,
Jesus Cristo já nasceu por nós,
e nos escolheu como sua propriedade
antes de nós o termos conhecido.
Antes de nós termos sido criados por sua mão,
Ele já tinha decidido como poderia ser nosso”,
escreve o compositor alemão Paul Gerhardt e confessam cristãos de todos os tempos e lugares.
A graça de Deus despede o ter e convida para o ser: educado, solidário, honesto, um povo de nova orientação, zeloso de boas obras, construtor da justiça e da paz, cuidador de toda criação e da criação toda. Por isso mesmo, a partir do Natal de Deus, podemos também nós afirmar: Paz na criação – esperança e compromisso!
Grato pelos caminhos que juntos trilhamos, na alegria natalina, desejo um Feliz Natal e um Ano Novo na graça de nosso bondoso Deus.
vosso
P.Carlos Moller
Natal 2011