Esta é uma época de muita beleza em nossa cidade, nas ruas, nos jardins, nas matas... Os ipês floridos mostram todo seu vigor. O sol rebrilha nas flores amarelas destas árvores sem folhas, anunciando um novo tempo. As flores trarão o verde das folhas. O verde, a sombra nos dias do verão. A sombra, a brisa no final da tarde ao som da passarada que, há não muitos dias atrás, aprenderam a deixar seus ninhos.
Assim o ciclo é repetido indeterminadamente!
Assim também alimentamos a esperança de um mundo que finalmente descubra em Jesus Cristo o ponto de equilíbrio de suas ações. A cruz de Cristo, o Senhor e o Salvador do mundo, quer continuar sempre apontando para cima, para a origem da vida plena: nosso Criador, Criador de toda a natureza. Mesmo que ainda sejamos pequenos, já podemos demonstrar nossa confiança com toda determinação.
Da mesma forma como a exuberância da natureza nos fala dos cuidados que com ela devemos ter, assim também temos o chamado, a partir do batismo, de cultivar o Evangelho. Nada deve ser cultivado com mais cuidado na Igreja que o Santo Evangelho, pois a Igreja não possui nenhum bem mais precioso e mais salutar, nos ensina Martin Lutero.
Tenhamos a esperança de que no próximo ciclo da vida que se avizinha na Igreja, o Evangelho seja muito melhor cultivado entre nós. Que Jesus volte a ocupar o centro da pregação, das ações, das decisões, das missões.
Parafraseando o apóstolo Paulo, estejamos dispostos a pregar o Evangelho. Não tenhamos vergonha do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Porque no Evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé como está escrito: O justo viverá pela fé (Rm 1.15-17).
Renova-se a esperança de que Jesus seja o centro desta vida cristã. Não as tradições vazias e esvaziadoras. Em muitos momentos encontramos muita saliva ou muita tinta dissecando as ideias e as estratégias de ação na Igreja. Ou então encontramos muitos comentários dos comentários, dos comentários deixando o povo entediando, enquanto Jesus Cristo nem sequer é mencionado como Senhor e Salvador.
O ciclo se renova!
Terá chegada a hora de tornar as pessoas confiantes em Jesus?
P. Rolf Rieck
Par. São Mateus - Joinville (SC)