A CULPA NÃO É MINHA!

18/05/2018

No livro de Gênesis, capítulo 3, está relatada a queda do ser humano, a desobediência a Deus quando Adão e Eva comem do fruto da árvore proibida por Deus. Interessante é o diálogo de Deus com os dois, nos versículos 9 a 13, quando Deus procura por Adão:

- Onde é que você está?
O homem respondeu:
- Eu ouvi a tua voz, quando estavas passeando pelo jardim, e fiquei com medo porque estava nu. Por isso me escondi.
Aí Deus perguntou:
- E quem foi que lhe disse que você estava nu? Por acaso você comeu a fruta da árvore que eu proibi de comer?
O homem disse:
- A mulher que me deste para ser a minha companheira me deu a fruta, e eu comi.
Então o Senhor Deus perguntou à mulher:
- Por que você fez isso?
A mulher respondeu:
- A cobra me enganou, e eu comi.

Quando algo sai errado, ninguém quer assumir a culpa! Todos dizem: “a culpa não foi minha!” – foi Eva que me deu a fruta – foi a cobra que me enganou!! Isso acontece no governo, no trabalho, na escola, na Igreja e também na nossa casa.

Temos a ideia de que, se assumirmos a culpa por nossa falha, estaremos dando sinal de fracasso. Se erro no trabalho, vou ser considerado incompetente; se falho na educação do meu filho, vou ser considerado um mau pai/mãe.

Ninguém gosta de errar. Apendemos isso desde pequenos. Em nossa cultura, somos educados para não errar, apesar de dizermos que “errar é humano” e que “é errando que se aprende”. Errar e culpar os outros é tão antigo quando Adão e Eva, como vimos.

Também há que considerar que nós somos cruéis com quem erra – massacramos quem comete erros! Por isso, quando cometemos um erro, procuramos apontar alguém como culpado porque temos medo. Medo do castigo. Medo de que os outros deixem de gostar de nós. Medo de perder o emprego. Medo de sermos ridicularizados em público.

Deus nos conhece. Sabe que somos pecadores, que erramos. E sabe que um dos pecados que cometemos é tentar mentir e jogar a culpa nos outros.

Apesar disso, Deus nos ama! Ele não quer que soframos eternamente os horrores da culpa. Por isso, ele nos dá uma oportunidade, que é Cristo.

Para nos livrarmos do medo que a culpa provoca, precisamos confessar tudo a Deus, sem nada esconder, como nos recomenda o salmista: “Enquanto não confessei o meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. Então eu Te confessei o meu pecado, e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a Ti, e Tu perdoaste todos os meus pecados.” (Salmo 32.3,5) Assim também nos diz 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a Sua promessa e fará o que é correto: Ele perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade.”

A palavra de Deus nos ensina a assumir nossa responsabilidade pelos nossos atos, quer bons ou ruins. Precisamos ser transparentes, francos, honestos com Deus, com os outros e conosco mesmos. Saber que podemos errar.

Reconhecer quando erramos e pedir perdão pelo erro cometido é difícil. Sabemos, pela Sagrada Escritura, que Deus nos perdoa. Mas nós também sabemos que as demais pessoas não irão perdoar nem esquecer tão facilmente. Mas é preciso ter coragem. Somente assim estaremos vivendo como cristãos de fato.


Autor(a): P. Elton Pothin
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Antigo / Livro: Gênesis / Capitulo: 3 / Versículo Inicial: 9 / Versículo Final: 13
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 47303
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Nós te damos graças, ó Deus. Anunciamos a tua grandeza e contamos as coisas maravilhosas que tens feito.
Salmo 75.1
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